terça-feira, 26 de março de 2019

Atenção Divina


Deus, nosso Pai, tem formas simples e eficazes para nos auxiliar. 

Em um momento, Se utiliza do vento para levar uma mensagem a quem necessite.

Acolá, utiliza uma mente disposta a servir, para ouvir o pedido de um enfermo, e atendê-lo.

Envia a chuva a espaços regulares, programa as tempestades para a melhoria da atmosfera, estabelece o ciclo das estações.

Serve-Se das asas dos pássaros e dos insetos, bem como da brisa mansa para a fecundação das diversas espécies vegetais.

Enquanto dormimos, Deus elabora mais extraordinárias maneiras de nos alcançar, afirmando-nos a Sua Providência Amorosa.

Por vezes, um descuido de alguém passa a se constituir no atendimento Divino. Por isso, importante estarmos atentos ao que nos sucede, a cada passo.

Conta-se que, certa vez, um viajante, por ser inexperiente, perdeu-se em imenso deserto.

Quase a morrer de fome e sede, avistou uma palmeira. À sua sombra encontrou uma fonte de água pura e fresca, com a qual aplacou a sede.

Mas a fome ainda o magoava. Descansando o corpo, recostando-se na árvore, encontrou um pequenino saco de couro.

Pensando que dentro dele encontraria algo para comer, talvez algumas ervilhas ou alguns pedaços de carne, o homem abriu o saquinho com rapidez.

Grande foi seu desapontamento ao lhe examinar o conteúdo: eram pérolas!

Que ironia, pensou o infeliz. Estou a sucumbir de fome e só o que encontro são pérolas que de nada me servem. Preciso muito de algo para comer. Preciso readquirir forças para continuar minha viagem e tentar chegar ao meu destino.

Por ser um homem de fé, o viajante não se desesperou e orou fervorosamente ao Criador, pedindo ajuda.

Mal haviam passado alguns minutos, quando ouviu o galope apressado de um cavalo.

Logo se viu frente a frente com um cavaleiro nervoso e inquieto. Era o dono das pérolas.

Percebendo que o outro encontrara o tesouro, tomou-se de alegria.

Como reconhecimento, deu-lhe de comer das provisões que trazia consigo. Na sequência, convidou-o a montar seu próprio animal e o conduziu até o termo da sua viagem, evitando que tornasse a se perder.

Quando se despediram, o cavaleiro falou ao viajante:

Percebe como a Divina Providência agiu? No primeiro momento, tive como uma grande desgraça a perda das minhas pérolas.

Contudo, nada mais oportuno. Retornando para procurá-las, cheguei a tempo de lhe prestar socorro.

“Por meios aparentemente singelos, Deus nos livra, às vezes, de grandes flagelos.”
* * *
Em tempo algum as coletividades humanas deixaram de receber a sublime colaboração dos Enviados de Deus, na solução dos grandes problemas do mundo.

Os Enviados à Terra, pela Providência Divina, agem nos campos das ciências, da filosofia, da literatura, das artes, das religiões, da política, isto é, em todos os campos.

Tudo para nos auxiliar em nossa trajetória de progresso, na face deste Planeta, que nos serve de Lar.
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Redação do Momento Espírita, com base no cap. A obra da Providência,
do livro Lendas do Céu e da Terra, de Júlio César de Melo e Sousa,
ed. Melhoramentos e na questão 280, do livro O Consolador,
pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier,
ed. FEB.
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FORMATAÇÃO E PESQUISA : MILTER – 24-03-2019





MENSAGEM DO ESE:
A virtude

A virtude, no mais alto grau, é o conjunto de todas as qualidades essenciais que constituem o homem de bem. Ser bom, caritativo, laborioso, sóbrio, modesto, são qualidades do homem virtuoso.

Infelizmente, quase sempre as acompanham pequenas enfermidades morais que as desornam e atenuam. Não é virtuoso aquele que faz ostentação da sua virtude, pois que lhe falta a qualidade principal: a modéstia, e tem o vício que mais se lhe opõe: o orgulho. A virtude, verdadeiramente digna desse nome, não gosta de estadear-se. Adivinham-na; ela, porém, se oculta na obscuridade e foge à admiração das massas. S. Vicente de Paulo era virtuoso; eram virtuosos o digno cura d'Ars e muitos outros quase desconhecidos do mundo, mas conhecidos de Deus. Todos esses homens de bem ignoravam que fossem virtuosos; deixavam-se ir ao sabor de suas santas inspirações e praticavam o bem com desinteresse completo e inteiro esquecimento de si mesmos.

À virtude assim compreendida e praticada é que vos convido, meus filhos; a essa virtude verdadeiramente cristã e verdadeiramente espírita é que vos concito a consagrar-vos. Afastai, porém, de vossos corações tudo o que seja orgulho, vaidade, amor-próprio, que sempre desadornam as mais belas qualidades. Não imiteis o homem que se apresenta como modelo e trombeteia, ele próprio, suas qualidades a todos os ouvidos complacentes. A virtude que assim se ostenta esconde muitas vezes uma imensidade de pequenas torpezas e de odiosas covardias.

Em princípio, o homem que se exalça, que ergue uma estátua à sua própria virtude, anula, por esse simples fato, todo mérito real que possa ter. Entretanto, que direi daquele cujo único valor consiste em parecer o que não é? Admito de boamente que o homem que pratica o bem experimenta uma satisfação íntima em seu coração; mas, desde que tal satisfação se exteriorize, para colher elogios, degenera em amor-próprio.

Ó vós todos a quem a fé espírita aqueceu com seus raios, e que sabeis quão longe da perfeição está o homem, jamais esbarreis em semelhante escolho. A virtude é uma graça que desejo a todos os espíritas sinceros. Contudo, dir-lhes-ei: Mais vale pouca virtude com modéstia, do que muita com orgulho. Pelo orgulho é que as humanidades sucessivamente se hão perdido; pela humildade é que um dia elas se hão de redimir.
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- François-Nicolas-Madeleine. (Paris, 1863.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVII, item 8.)




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