sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

Respostas do Alto



Reconhecida a verdade de que Nosso Pai Celestial responde aos bons corações, através dos corações que se fazem melhores, não olvidemos a nossa possibilidade de servir na condição de valiosos instrumentos da Divina Bondade.
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Nós que sempre somos tão apressados e tão pródigos no "pedir", lembremo-nos de que podemos também dar.
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Auxiliemos a Divina Providência no abençoado serviço do intercâmbio.
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Ninguém pode contar com uma fortuna, em valores amoedados, para encontrar a felicidade perfeita, mas toda vez que derramarmos o coração, em favor dos nossos semelhantes, semearemos a verdadeira alegria.
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Todos podemos, em nome do Senhor, responder às rogativas dos que lutam e sofrem mais que nós mesmos.
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Uma visita ao doente é sagrado recurso da fraternidade ao que suplica a assistência do Céu, em desespero.
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A desculpa sincera é uma benção de alívio para quem sofre sob o peso da culpa.
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Um gesto de carinho é uma plantação de simpatia na terra escura da alma que se arrojou aos precipícios da revolta ou da incompreensão.
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Um sorriso amigo é uma resposta do bom ânimo e da amizade, refundindo as forças
daquele que está prestes a cair.
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Recorda que o Senhor espera por tua boa vontade e por teus braços, para responder com
a paz e com a esperança aos que te cercam.
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Ainda que tudo seja secura e aspereza em torno de teus pés, ama sempre.
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Através da corrente viva do amor em teu coração, interpretarás a cooperação do Céu aos
que te acompanham e receberás, constantemente, as respostas do Alto às tuas aflições e
aos teus problemas.
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Emmanuel
Chico Xavier 
Obra: Mãos marcadas







MENSAGEM DO ESE:

Mundos de expiações e provas


Que vos direi dos mundos de expiações que já não saibais, pois basta observeis o em que habitais? A superioridade da inteligência, em grande número dos seus habitantes, indica que a Terra não é um mundo primitivo, destinado à encarnação dos Espíritos que acabaram de sair das mãos do Criador. As qualidades inatas que eles trazem consigo constituem a prova de que já viveram e realizaram certo progresso. Mas, também, os numerosos vícios a que se mostram propensos constituem o índice de grande imperfeição moral. Por isso os colocou Deus num mundo ingrato, para expiarem aí suas faltas, mediante penoso trabalho e misérias da vida, até que hajam merecido ascender a um planeta mais ditoso.

Entretanto, nem todos os Espíritos que encarnam na Terra vão para aí em expiação. As raças a que chamais selvagens são formadas de Espíritos que apenas saíram da infância e que na Terra se acham, por assim dizer, em curso de educação, para se desenvolverem pelo contacto com Espíritos mais adiantados. Vêm depois as raças semicivilizadas, constituídas desses mesmos os Espíritos em via de progresso. São elas, de certo modo, raças indígenas da Terra, que aí se elevaram pouco a pouco em longos períodos seculares, algumas das quais hão podido chegar ao aperfeiçoamento intelectual dos povos mais esclarecidos.

Os Espíritos em expiação, se nos podemos exprimir dessa forma, são exóticos, na Terra; já tiveram noutros mundos, donde foram excluídos em conseqüência da sua obstinação no mal e por se haverem constituído, em tais mundos, causa de perturbação para os bons. Tiveram de ser degredados, por algum tempo, para o meio de Espíritos mais atrasados, com a missão de fazer que estes últimos avançassem, pois que levam consigo inteligências desenvolvidas e o gérmen dos conhecimentos que adquiriram. Daí vem que os Espíritos em punição se encontram no seio das raças mais inteligentes. Por isso mesmo, para essas raças é que de mais amargor se revestem os infortúnios da vida. É que há nelas mais sensibilidade, sendo, portanto, mais provadas pelas contrariedades e desgostos do que as raças primitivas, cujo senso moral se acha mais embotado.

A Terra, conseguintemente, oferece um dos tipos de mundos expiatórios, cuja variedade é infinita, mas revelando todos, como caráter comum, o servirem de lugar de exílio para Espíritos rebeldes à lei de Deus. Esses Espíritos tem aí de lutar, ao mesmo tempo, com a perversidade dos homens e com a inclemência da Natureza, duplo e árduo trabalho que simultaneamente desenvolve as qualidades do coração e as da inteligência. É assim que Deus, em sua bondade, faz que o próprio castigo redunde em proveito do progresso do Espírito. 
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– Santo Agostinho. (Paris, 1862.)






(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. III, itens 13 a 15.)




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