segunda-feira, 18 de maio de 2020

Auto perdão e ação responsável



Suponhamos que a cada reencarnação recebemos do Criador um canteiro com uma terra muito fértil, para plantar flores, durante toda nossa vida.

Nascemos com as sementes das flores, mas, ao invés de plantá-las, arranjamos sementes de espinhos e as semeamos, enchendo nosso canteiro de espinheiros.
Vamos plantando os nossos espinhos, até o dia em que olhamos para trás e percebemos um grande espinheiro.

Então, podemos ter três atitudes diferentes:
Se cultivamos o culpismo, devido ao remorso de não ter plantado as flores que deveríamos, simplesmente nos condenamos a deitar e rolar no espinheiro para nos punirmos, tentando aliviar a consciência de culpa.

Se somos pessoas que cultivamos o desculpismo, começamos a dizer que foi o vento que trouxe as sementes de espinhos, que não temos nada a ver com isso, etc.
Finalmente, se buscamos a ação responsável, ao perceber o espinheiro, assumimos tê-lo plantado e arrependemo-nos do fato.

Depois, percebemos que as sementes das flores continuam em nossas mãos e que podemos começar a plantá-las, agora que estamos mais conscientes.

Ao mesmo tempo sabemos que devemos retirar, um a um, todos os espinhos plantados e plantar uma flor no seu lugar.
* * *
Reflitamos sobre as três atitudes:
De que adianta cravar os espinhos plantados na própria carne? Por que aumentar o sofrimento?

Por acaso os espinhos diminuem quando agimos assim? A verdade é que não. De nada adianta. Este é o mecanismo dos que nos afundamos na culpa e deixamos que ela comande nossas vidas.

Substituir os atos de desamor praticados à vida com mais desamor ainda para conosco mesmos não resolve e não cura.

Por outro lado, pensando naqueles que ainda conseguimos achar desculpa para todo e qualquer desatino, por mais absurdo que ele pareça, veremos:

Os que fingimos que o espinheiro não tem nada a ver conosco, apenas estamos postergando o despertar da consciência.
Agindo assim, muitas vezes continuamos plantando mais e mais espinhos, fazendo com que o estrago fique cada vez maior.
O hábito de sempre encontrar desculpas e justificativas para todas nossas ações tem caráter doentio e precisa de atenção imediata de nossa parte.

O ego, em fuga desastrosa, procura justificar os erros mediante aparentes motivos justos. Tal costume degenera todo senso moral e pode nos levar a desequilíbrios psicológicos seríssimos.

Apenas a última opção, a da ação responsável, é caminho seguro.
É uma atitude proativa, pois ao assumir a responsabilidade pelos espinhos plantados, arrependemo-nos e buscamos substituí-los pelas flores.

Nesse ato cobrimos a multidão de pecados, conforme o ensino da Epístola de Pedro, referindo-se ao poder de cura do amor.
Assim crescemos, aprendemos e ressarcimos à Lei maior.
* * *
Sempre que cometermos erros, procuremos nos auto perdoar, atendendo à proposta da ação responsável, que troca o peso da culpa pela carga educativa da responsabilidade.
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Redação do Momento Espírita com base no cap. 3 da obra Psicoterapia à luz do Evangelho de Jesus, de Alírio de Cerqueira Filho, ed. Ebm.
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FORMATAÇÃO E PESQUISA: MILTER - 17-03-2020





MENSAGEM DO ESE:

O sacrifício mais agradável a Deus

Se, portanto, quando fordes depor vossa oferenda no altar, vos lembrardes de que o vosso irmão tem qualquer coisa contra vós, — deixai a vossa dádiva junto ao altar e ide, antes, reconciliar-vos com o vosso irmão; depois, então, voltai a oferecê-la. — (S. MATEUS, cap. V, vv. 23 e 24.)

Quando diz: “Ide reconciliar-vos com o vosso irmão, antes de depordes a vossa oferenda no altar”, Jesus ensina que o sacrifício mais agradável ao Senhor é o que o homem faça do seu próprio ressentimento; que, antes de se apresentar para ser por ele perdoado, precisa o homem haver perdoado e reparado o agravo que tenha feito a algum de seus irmãos. Só então a sua oferenda será bem aceita, porque virá de um coração expungido de todo e qualquer pensamento mau. Ele materializou o preceito, porque os judeus ofereciam sacrifícios materiais; cumpria--lhe conformar suas palavras aos usos ainda em voga. O cristão não oferece dons materiais, pois que espiritualizou o sacrifício. Com isso, porém, o preceito ainda mais força ganha. Ele oferece sua alma a Deus e essa alma tem de ser purificada. Entrando no templo do Senhor, deve ele deixar fora todo sentimento de ódio e de animosidade, todo mau pensamento contra seu irmão. Só então os anjos levarão sua prece aos pés do Eterno. Eis aí o que ensina Jesus por estas palavras: “Deixai a vossa oferenda junto do altar e ide primeiro reconciliar-vos com o vosso irmão, se quiserdes ser agradável ao Senhor.”

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. X, itens 7 e 8.)
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COMPANHEIROS ALTERADOS




Quantas pessoas te cruzam o caminho, em plenitude de sanidade física, suportando enfermidades espirituais que desconheces? Se conduzidas a exame num laboratório, mostrarão índices perfeitos de equilíbrio orgânico, entretanto, nos recesso do próprio ser, são doentes da alma, em estado grave, reclamando assistência.


Daí nasce o impositivo da serenidade e da tolerância, em observando o comportamento estranho ou registrando determinados conceitos que não esperávamos da atitude ou dos lábios daqueles que convivem conosco.


Esse amigo que se revelava, até ontem, inteiramente ao nosso lado, caminha hoje em direção oposta, ferindo-nos a sensibilidade; 


a esposa, dantes compreensiva e leal, distanciou-se psicologicamente de nós, ao toque de afinidades outras que haverá descoberto; 


o esposo devotado e fiel terá cedido a convites outros, abandonando-nos a companhia e desamparando os próprios filhos na idade tenra; 


esse ou aquele filho ou essa ou aquela filha, depois de crescidos, desprezaram os princípios que nos serviram de alicerces à vida, afastando-se-nos do caminho, conquanto o amor, que nos dediquem, lhes fique inalterável no coração.


Em semelhantes conflitos da alma, é indispensável saber ouvir e suportar, sem reclamações que lhes suscitariam perturbações de resultados imprevisíveis.


Ignoras quais as moléstias da alma de que estarão sendo portadores e, enquanto no corpo físico, não consegues avaliar as forças obsessivas que estarão agindo, por trás de alguém que a suposta normalidade parece favorecer.


Se encontras algum ente amado, em erro manifesto, suporta com paciência o desequilíbrio em andamento e se ouves opiniões contraditórias ou insensatas, não discutas, acirrando animosidade ou separação.


Acalma-te e fala, asserenando o ambiente em que te vês, porque uma só frase de incompreensão ou de azedume, pode ser o fator desencadeante de terrível brecha para a selvageria da delinqüência ou para as calamidades da obsessão.
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pelo Espírito Emmanuel 
– Do livro: Inspiração, Médium: Francisco Cândido Xavier. 

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