domingo, 5 de julho de 2020

Defenda-se


Não converta seus ouvidos num paiol de boatos.

A intriga é uma víbora que se aninhará em sua alma.
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Não transforme seus olhos em óculos da maledicência.

As imagens que você corromper viverão corruptas na tela de sua mente.
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Não faça de suas mãos lanças para lutar sem proveito.

Use-as na sementeira do bem.
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Não menospreze suas faculdades criadoras, centralizando-as nos prazeres fáceis.

Você responderá pelo que fizer delas.
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Não condene sua imaginação às excitações permanentes.

Suas criações inferiores atormentarão seu mundo íntimo.
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Não conduza seus sentimentos à volúpia de sofrer.

Ensine-os a gozar o prazer de servir.
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Não procure o caminho do paraíso, indicando aos outros a estrada para o inferno.

A senda para o Céu será construída dentro de você mesmo
🌼🕊️🌼
XAVIER, Francisco Cândido. Agenda Cristã. Pelo Espírito André Luiz. FEB. Capítulo 41.



MENSAGEM DO ESE:

Os tormentos voluntários

Vive o homem incessantemente em busca da felicidade, que também incessantemente lhe foge, porque felicidade sem mescla não se encontra na Terra. Entretanto, mau grado às vicissitudes que formam o cortejo inevitável da vida terrena, poderia ele, pelo menos, gozar de relativa felicidade, se não a procurasse nas coisas perecíveis e sujeitas às mesmas vicissitudes, isto é, nos gozos materiais em vez de a procurar nos gozos da alma, que são um prelibar dos gozos celestes, imperecíveis; em vez de procurar a paz do coração, única felicidade real neste mundo, ele se mostra ávido de tudo que o agitará e turbará, e, coisa singular! o homem, como que de intento, cria para si tormentos que está nas suas mãos evitar.
Haverá maiores do que os que derivam da inveja e do ciúme? Para o invejoso e o ciumento, não há repouso; estão perpetuamente febricitantes. O que não têm e os outros possuem lhes causa insônias. Dão-lhes vertigem os êxitos de seus rivais; toda a emulação, para eles, se resume em eclipsar os que lhes estão próximos, toda a alegria em excitar, nos que se lhes assemelham pela insensatez, a raiva do ciúme que os devora. Pobres insensatos, com efeito, que não imaginam sequer que, amanhã talvez, terão de largar todas essas frioleiras cuja cobiça lhes envenena a vida! Não é a eles, decerto, que se aplicam estas palavras: “Bem-aventurados os aflitos, pois que serão consolados”, visto que as suas preocupações não são aquelas que têm no céu as compensações merecidas.

Que de tormentos, ao contrário, se poupa aquele que sabe contentar-se com o que tem, que nota sem inveja o que não possui, que não procura parecer mais do que é. Esse é sempre rico, porquanto, se olha para baixo de si e não para, cima, vê sempre criaturas que têm menos do que ele. É calmo, porque não cria para si necessidades quiméricas. E não será uma felicidade a calma, em meio das tempestades da vida? 

— Fénelon. (Lião, 1860.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, item 23.)

🕊️🌼🕊️
Saudade


É natural a saudade pelos entes queridos que demandaram outros caminhos além da morte.


No entanto, essa saudade não pode ser convertida em doença, em inanição espiritual diante da luta que prossegue.


Converter a saudade em esperança no trabalho enobrecedor é a melhor maneira de se aprender a conviver com ela.


Quando não se transforma em desespero, saudade é manifestação de amor na constante lembrança daqueles que nos são incentivo à vida.


As lágrimas da saudade nunca devem ser as do desespero.


A saudade dos que amamos deve ser o nosso pão de cada dia no anseio de reencontrá-los…


Porém, para que nos seja alimento à esperança, a saudade carece de assemelhar-se em nós às rosas que desabrocham entre espinhos.


Invés de amargura no coração, que a saudade daqueles que partiram nos conduza ao serviço do bem, com base nos exemplos dignificantes que eles nos legaram.


Muitos espíritos se submetem ao sacrifício da desencarnação prematura no intuito de despertar os que amam no mundo para as realidades da Vida Imperecível.


A saudade excessiva é egoísmo enceguecedor, impedindo que o homem enxergue os que, à sua volta, permanecem na expectativa do seu carinho.


A saudade no coração que confia é feito o orvalho na corola da flor recendendo a perfume nas manhãs banhadas de Sol.
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Irmão José (psic. Carlos Baccelli – do livro “Lições da Vida”)

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