terça-feira, 25 de agosto de 2020

EM TI PRÓPRIO


"De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus". 
PAULO. (Romanos, 14:12.) 

Escutarás muita gente a falar de compreensão e talvez que, sob o reflexo condicionado,  repetirás os belos conceitos que ouviste, através de preleções que te angariarão simpatia e  respeito. 

Entretanto, se não colocares o assunto nas entranhas da alma, situando-te no lugar 
daqueles que precisam de entendimento, quase nada saberás de compreensão, além da  certeza de que temos nela preciosa virtude. 

Falarás de paciência e assinalarás muitas vozes, em torno de ti, referindo-se, no entanto, se no imo do próprio ser não tens necessidade de sofrer por algum entre amado, muito pouco perceberás acerca de calma e tolerância. 

Exaltarás o amor, a bondade, a paz e a união, mas se nas profundezas do espírito não sentires, algum dia, o sofrimento a ensinar-te o valor da nota de consolação sobre a dor de que te lamentas; a significação da migalha de socorro que outrem te estenda em teus dias de 
carência material; a importância da desculpa de alguém a essa ou àquela falta que cometeste e o poder do gesto de pacificação da parte de algum amigo que te restituiu a harmonia, em tuas próprias vivências, ignorarás realmente o que sejam entendimento e generosidade, perdão e segurança íntima. 

Seja qual a dificuldade em que te vejas, abstém de carregar o fardo das aflições e das perguntas sem remédio. 

Penetra no silêncio da própria alma, escuta os pensamentos que te nascem do próprio ser e reconhecerás que a solução da vida surgirá de ti mesmo.
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Emmanuel
Chico Xavier


 



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MENSAGEM DO ESE:

A caridade material e a caridade moral (II)

Meus amigos, a muitos dentre vós tenho ouvido dizer: Como hei de fazer caridade, se amiúde nem mesmo do necessário disponho?

Amigos, de mil maneiras se faz a caridade. Podeis fazê-la por pensamentos, por palavras e por ações. Por pensamentos, orando pelos pobres abandonados, que morreram sem se acharem sequer em condições de ver a luz. Uma prece feita de coração os alivia. Por palavras, dando aos vossos companheiros de todos os dias alguns bons conselhos, dizendo aos que o desespero, as privações azedaram o ânimo e levaram a blasfemar do nome do Altíssimo: “Eu era como sois; sofria, sentia-me desgraçado, mas acreditei no Espiritismo e, vede, agora, sou feliz.” Aos velhos que vos disserem: “É inútil; estou no fim da minha jornada; morrerei como vivi”, dizei: “Deus usa de justiça igual para com todos nós; lembrai-vos dos obreiros da última hora.” Às crianças já viciadas pelas companhias de que se cercaram e que vão pelo mundo, prestes a sucumbir às más tentações, dizei: “Deus vos vê, meus caros pequenos”, e não vos canseis de lhes repetir essas brandas palavras. Elas acabarão por lhes germinar nas inteligências infantis e, em vez de vagabundos, fareis deles homens. Também isso é caridade.

Dizem, outros dentre vós: “Ora! somos tão numerosos na Terra, que Deus não nos pode ver a todos.” Escutai bem isto, meus amigos: Quando estais no cume da montanha, não abrangeis com o olhar os bilhões de grãos de areia que a cobrem? Pois bem: do mesmo modo vos vê Deus. Ele vos deixa usar do vosso livre-arbítrio, como vós deixais que esses grãos de areia se movam ao sabor do vento que os dispersa. Apenas, Deus, em sua misericórdia infinita, vos pôs no fundo do coração uma sentinela vigilante, que se chama consciência. Escutai-a, que somente bons conselhos ela vos dará. Às vezes, conseguis entorpecê-la, opondo-lhe o espírito do mal. Ela, então, se cala. Mas, ficai certos de que a pobre escorraçada se fará ouvir, logo que lhe deixardes aperceber-se da sombra do remorso. Ouvi-a, interrogai-a e com freqüência vos achareis consolados com o conselho que dela houverdes recebido.
Meus amigos, a cada regimento novo o general entrega um estandarte. Eu vos dou por divisa esta máxima do Cristo: “Amai-vos uns aos outros.” Observai esse preceito, reuni-vos todos em torno dessa bandeira e tereis ventura e consolação.

 – Um Espírito protetor. (Lião, 1860.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIII, item 10.)

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Definições


Trabalha constantemente,
Se queres ser nobre e forte,
O braço estendido à inércia
Oculta o favor da sorte.

Ama o trabalho singelo
Em doces gestos risonhos.
Mais valem dois pés servindo
Que as asas de muitos sonhos.

Se alguém te insulta a ferir-te
O anseio de amor e paz,
Não lamentes, nem te irrites...
Calando-te, vencerás.

Ajuda quanto puderes,
Espalha a consolação,
Ninguém consegue escapar
Ao tempo de provação.

Em toda e qualquer contenda,
Com quem for, seja onde for,
Fugindo, discretamente,
Serás sempre o vencedor.

Muitos “poucos” reunidos
Levantam obra esmerada
Porque, ás vezes, poucos “muitos”
Acaba em luta e nada.

Vive acima da calunia
Em que a maldade se exprime.
Aos olhos tristes da inveja
A própria virtude é crime.

Fiscaliza as palavrinhas
De humilde e pequena brasa,
Começa a lavrar o incêndio
Que devora toda a casa.

Vais bem se atendes ao bem.
Quando a dúvida te invade.
A prudência vem de Cristo
Quando é sócia da bondade.

Ante os problemas dos outros
Emudece os lábios teus.
Em tudo sempre supomos
Mas quem sabe é sempre Deus.
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pelo Espírito Casimiro - Do livro: Almas em Desfile, Médium: Francisco Cândido Xavier

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