sábado, 12 de setembro de 2020

Dependência



Não dependamos emocionalmente de ninguém.

Todos somos interdependentes, no entanto cada qual tem o direito de efetuar as suas próprias escolhas.

Quem depende psiquicamente de uma outra pessoa para viver está doente, reclamando, por isto mesmo, inadiável tratamento.

Não escravizemos ninguém às nossas ideias e ao nosso modo de ser, tanto quanto não nos permitamos nos escravizar, a ponto de nos anularmos em nossa própria vontade.

Todo excesso no campo afetivo, a pretexto de amor, é simples posse, paixão disfarçada gerando desequilíbrio.

O pensamento fixo que nos ocupa a cabeça é sinal evidente de que algo não está bem conosco e carecemos de reconhecer isto, se não quisermos nos precipitar em abismos de maiores sofrimentos.

Ninguém deve entregar-se totalmente a alguém, a não ser a Deus!

Todos somos afetivamente carentes, mas não nos prevaleçamos disto para inspirar piedade a nosso respeito ou realizar chantagens emocionais.

Quem se doa aos outros, sem pensar em si, receberá de volta o que necessita na medida exata do que houver cedido.

Embora as nossas ligações cármicas, saibamos que não somos de todo insubstituíveis no carinho de quem quer que seja.

Sempre ser-nos-á possível encontrar alguém na estrada do destino que, não sendo necessariamente quem imaginamos, poderá nos surpreender como o agente da felicidade que esperamos.

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Irmão José
Carlos Baccelli





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MENSAGEM DO ESE:

Bem-aventurados os aflitos. Justiça das aflições

Bem-aventurados os que choram, pois que serão consolados. — Bem-aventurados os famintos e os sequiosos de justiça, pois que serão saciados. — Bem-aventurados os que sofrem perseguição pela justiça, pois que é deles o reino dos céus. (S. MATEUS, cap. V, vv. 5, 6 e 10.)

Bem-aventurados vós que sois pobres, porque vosso é o reino dos céus. — Bem-aventurados vós, que agora tendes fome, porque sereis saciados. — Ditosos sois, vós que agora chorais, porque rireis. (S. LUCAS, cap. VI, vv. 20 e 21.)

Mas, ai de vós, ricos que tendes no mundo a vossa consolação. — Ai de vós que estais saciados, porque tereis fome. Ai de vós que agora rides, porque sereis constrangidos a gemer e a chorar. (S. LUCAS, cap. VI, vv. 24 e 25.)

Somente na vida futura podem efetivar-se as compensações que Jesus promete aos aflitos da Terra. Sem a certeza do futuro, estas máximas seriam um contra-senso; mais ainda: seriam um engodo. Mesmo com essa certeza, dificilmente se compreende a conveniência de sofrer para ser feliz. É, dizem, para se ter maior mérito. Mas, então, pergunta-se: por que sofrem uns mais do que outros? Por que nascem uns na miséria e outros na opulência, sem coisa alguma haverem feito que justifique essas posições? Por que uns nada conseguem, ao passo que a outros tudo parece sorrir? Todavia, o que ainda menos se compreende é que os bens e os males sejam tão desigualmente repartidos entre o vício e a virtude; e que os homens virtuosos sofram, ao lado dos maus que prosperam. A fé no futuro pode consolar e infundir paciência, mas não explica essas anomalias, que parecem desmentir a justiça de Deus. Entretanto, desde que admita a existência de Deus, ninguém o pode conceber sem o infinito das perfeições. Ele necessariamente tem todo o poder, toda a justiça, toda a bondade, sem o que não seria Deus. Se é soberanamente bom e justo, não pode agir caprichosamente, nem com parcialidade. Logo, as vicissitudes da vida derivam de uma causa e, pois que Deus é justo, justa há de ser essa causa. Isso o de que cada um deve bem compenetrar-se. Por meio dos ensinos de Jesus, Deus pôs os homens na direção dessa causa, e hoje, julgando-os suficientemente maduros para compreendê-la, lhes revela completamente a aludida causa, por meio do Espiritismo, isto é, pela palavra dos Espíritos.

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, itens 1 a 3.)


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OPINIÕES DIVERGENTES



Cada qual, sendo uma criação originalíssima de Deus, não é de estranhar a divergência de opiniões entre as pessoas.


O importante para a paz é que se concorde no essencial.


Não inibas a independência psicológica daqueles com os quais foste chamado a viver, impondo-lhes as tuas idéias.


Exulta com o crescimento intelectual dos que te rodeiam e não lhes cerceies a liberdade de expressão.
A sabedoria está mais em saber ouvir do que em falar.


A razão nunca está ao lado de quem agride verbalmente o seu interlocutor.


Somente da interpretação que cada um te oferece da Verdade é que te será possível compreendê-la integralmente.


Assim, por mais simplória te pareça, jamais desconsideres a opinião de quem quer que seja.


No Evangelho, o Senhor rende graças ao Pai por ter ocultado certas coisas aos doutos e aos sábios e as revelado aos pequeninos.


Às vezes, pela voz de quem habitualmente desconsideras a opinião, o Céu te faz chegar aos ouvidos as mais preciosas advertências."
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Teu Lar - Irmão José

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