segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

Provas inesperadas


 Guarda o coração no templo da fé simples e pura, toda vez que a sombra da provação te entenebreça o caminho.

 Dores existem que constituem o drástico e imprescindível resgate do nosso “ontem distante”, para que a verdadeira alegria nos coroe o futuro.

 Quase sempre, deixamos para trás compromissos asfixiantes que nos reclamam acerto.

 Nos recantos do tempo, em lances mal conduzidos, abandonamos afetos valiosos que é preciso recolher nas malhas do sofrimento, quando não sejam espinheiros agrestes que cultivamos naqueles a quem devíamos assistência e ternura, hoje erguidos à nossa frente, no papel de credores infatigáveis, exigindo-nos a equação de contas que o tempo não apagou.

 É por isso que imprevistas aflições nos visitam a estrada, cobrando-nos, de chofre, angustiosos tributos.

 Aqui, é a morte prematura dos seres que acalentamos nos braços, mais além é a dor da desilusão ante desastres inevitáveis da esperança e do sentimento.

 Hoje, é a enfermidade insidiosa e cruel, torturando-nos o caminho, amanhã, é o acidente de resultados imprevisíveis, espalhando o luto e a desolação.

 Vive, cada dia, como quem sabe que o pretérito não morreu. E abraçando no bem constante a favor dos outros, a norma de construção da própria felicidade, suporta com paciência e valor as provas inesperadas, porque se muitas delas são a justa liquidação dos débitos do passado, outras muitas significam males menores, desintegrando-nos com o fel da dificuldade ou com o crepe da morte, os males maiores que desaparecem de nossa estrada com semelhante socorro da Misericórdia de Deus.
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Emmanuel 
Chico Xavier
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MENSAGEM DO ESE: 

Sacrifício da própria vida


– Aquele que se acha desgostoso da vida mas que não quer extingui-la por suas próprias mãos, será culpado se procurar a morte num campo de batalha, com o propósito de tornar útil sua morte?

Que o homem se mate ele próprio, ou faça que outrem o mate, seu propósito é sempre cortar o fio da existência: há, por conseguinte, suicídio intencional, se não de fato. É ilusória a idéia de que sua morte servirá para alguma coisa; isso não passa de pretexto para colorir o ato e escusá-lo aos seus próprios olhos. Se ele desejasse seriamente servir ao seu país, cuidaria de viver para defendê-lo; não procuraria morrer, pois que, morto, de nada mais lhe serviria. O verdadeiro devotamento consiste em não temer a morte, quando se trate de ser útil, em afrontar o perigo, em fazer, de antemão e sem pesar, o sacrifício da vida, se for necessário. Mas, buscar a morte com premeditada intenção, expondo-se a um perigo, ainda que para prestar serviço, anula o mérito da ação. 

— São Luís. (Paris, 1860)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, item 29.)

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Vida Feliz XII


Nunca retribuas maldade com vingança ou desforço.

O homem mau se encontra doente e ainda não sabe.

Dá-lhe o remédio que minorará o seu aturdimento, não usando para com ele dos recursos infelizes de que ele se utiliza para contigo.

Se alguém te ofende, o problema é dele.

Quando és tu quem ofende, a questão muda de configuração e o problema passa a ser teu. 

O ofensor é sempre o mais infeliz.

Conscientiza-te disso e segue tranquilo.
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FRANCO, Divaldo Pereira. Vida Feliz. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. 18.ed. LEAL, 2015. Capítulo 12.

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