terça-feira, 9 de novembro de 2021

Em nós



Paciência incessante em todas as dores e em todas as circunstâncias, a fim de que venhamos a transpor com segurança as dificuldades que vigem por fora, mas também cultivar paciência conosco, para construirmos a nobilitação que nos é necessária. Com isso, não queremos dizer que devamos acalentar as nossas fraquezas ou aplaudir as próprias faltas, mas sim que não nos cabe interromper a edificação, no mundo íntimo, quando surjam falhas em nós, no serviço do bem que nos toca fazer.

Frequentemente fugimos envergonhados, desertando das tarefas de elevação, martelando confissões qual se pregássemos esponjas de farpas no coração, para que nos firamos a toda hora.

E repetimos a cada instante:

- Verifiquei que não presto...
- Tentei melhorar-me e não pude...
- Não me peçam voltar ao serviço, que não sou santo...
- Larguei a oração porque tenho lama no pensamento...
- Sou um poço de vermes...
- Não quero perturbar os outros com os meus defeitos...
- Sou um monte de erros...

Há quem recorra ao rifão popular: “pau que nasce torto tem a sombra torta”, esquecendo-se de que existem milhares de troncos, tortos na configuração externa, guardando seiva robusta e sadia, na produção dos frutos com que alimentam as criaturas.

Cair é acidente próprio dos que caminham...

Refocilar-se no chão é próprio dos que se animalizam.

Aprendamos a emendar, corrigir, restaurar, refazer...

Nos derradeiros ensinamentos, Jesus não se esqueceu de induzir-nos à calma, recomendando aos seguidores: “na paciência, possuireis as vossas almas”.

Isso realmente significa que precisamos de paciência, não só para angariar a simpatia e a colaboração das almas alheias, mas para educar também as nossas.
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pelo Espírito Emmanuel
Do livro: Caminho Espírita.
Médium: Francisco Cândido Xavier.
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MENSAGEM DO ESE:

Desprendimento dos bens terrenos

Venho, meus irmãos, meus amigos, trazer-vos o meu óbolo, a fim de vos ajudar a avançar, desassombradamente, pela senda do aperfeiçoamento em que entrastes. Nós nos devemos uns aos outros; somente pela união sincera e fraternal entre os Espíritos e os encarnados será possível a regeneração.

O amor aos bens terrenos constitui um dos mais fortes óbices ao vosso adiantamento moral e espiritual. Pelo apego à posse de tais bens, destruís as vossas faculdades de amar, com as aplicardes todas às coisas materiais.

Sede sinceros: proporciona a riqueza uma felicidade sem mescla? Quando tendes cheios os cofres, não há sempre um vazio no vosso coração? No fundo dessa cesta de flores não há sempre oculto um réptil?

Compreendo a satisfação, bem justa, aliás, que experimenta o homem que, por meio de trabalho honrado e assíduo, ganhou uma fortuna; mas, dessa satisfação, muito natural e que Deus aprova, a um apego que absorve todos os outros sentimentos e paralisa os impulsos do coração vai grande distância, tão grande quanto a que separa da prodigalidade exagerada a sórdida avareza, dois vícios entre os quais colocou Deus a caridade, santa e salutar virtude que ensina o rico a dar sem ostentação, para que o pobre receba sem baixeza.

Quer a fortuna vos tenha vindo da vossa família, quer a tenhais ganho com o vosso trabalho, há uma coisa que não deveis esquecer nunca: é que tudo promana de Deus, tudo retorna a Deus. Nada vos pertence na Terra, nem sequer o vosso pobre corpo: a morte vos despoja dele, como de todos os bens materiais. Sois depositários e não proprietários, não vos iludais. Deus vo-los emprestou, tendes de lhos restituir; e ele empresta sob a condição de que o supérfluo, pelo menos, caiba aos que carecem do necessário.

Um dos vossos amigos vos empresta certa quantia. Por pouco honesto que sejais, fazeis questão de lha restituirdes escrupulosamente e lhe ficais agradecido.

Pois bem: essa a posição de todo homem rico. Deus é o amigo celestial, que lhe emprestou a riqueza, não querendo para si mais do que o amor e o reconhecimento do rico. Exige deste, porém, que a seu turno dê aos pobres, que são, tanto quanto ele, seus filhos.

Ardente e desvairada cobiça despertam nos vossos corações os bens que Deus vos confiou. Já pensastes, quando vos deixais apegar imoderadamente a uma riqueza perecível e passageira como vós mesmos, que um dia tereis de prestar contas ao Senhor daquilo que vos veio dEle? Olvidais que, pela riqueza, vos revestistes do caráter sagrado de ministros da caridade na Terra, para serdes da aludida riqueza dispensadores inteligentes? Portanto, quando somente em vosso proveito usais do que se vos confiou, que sois, senão depositários infiéis? Que resulta desse esquecimento voluntário dos vossos deveres? A morte, inflexível, inexorável, rasga o véu sob que vos ocultáveis e vos força a prestar contas ao Amigo que vos favorecera e que nesse momento enverga diante de vós a toga de juiz.

– Lacordaire. (Constantina, 1863.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVI, item 14.)

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A solicitação do Senhor


O homem que se dizia infeliz, depois de haver implorado o socorro dos Céus, encontrou, em sonho, o Mensageiro do Senhor que lhe falou generosamente:

— O Eterno Benfeitor se enterneceu com as tuas lágrimas e te escutou as petições. Em resposta, recomenda-te coragem a fim de que possas receber o Apoio Divino…

Antes que o Emissário terminasse, o homem quase magoado interferiu:

— Coragem? Acaso não tenho mostrado ausência de medo em toda a minha vida? Guardo medalhas de muitas competições. Escalei o monte mais escarpado de minha região, por seis vezes fui campeão de corridas arriscadas, já montei potros bravos e, por duas vezes, abati onças no sertão…

O Mensageiro, porém, sorriu e esclareceu:

— Sim, tudo isso é para considerar, mas o que o Senhor te pede é a coragem de cumprir o teu próprio dever.
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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Livro de respostas
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Não limite o poder de sua vida!


Não pense que conseguirá tudo o que deseja, numa só existência.

Mas confie, porque a vida é eterna, infindável.

Não pense também que, depois desta, irá iniciar uma vida diferente: nada disso!

Esta mesma vida é que continuará sempre.

Portanto, procure aumentar seus conhecimentos e aperfeiçoar-se, verificando como é rápido o momento atual, comparado com a eternidade.
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Carlos Pastorino

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