sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

A tentação do repouso



Num campo de lavoura, grande quantidade de vermes desejava destruir um velho arado de madeira, muito trabalhador, que lhes
perturbava os planos e, em razão disso, certa ocasião se reuniram ao redor dele e começaram a dizer:

– "Por que não cuidas de ti? Estás doente e cansado…
– Afinal, todos nós precisamos de algum repouso…
– Liberta-te do jugo terrível do lavrador!
– Pobre máquina! A quantos martírios te submetes!…"

O arado escutou… escutou… e acabou acreditando.

Ele, que era tão corajoso, que nem sentia o mais leve incômodo nas mais duras obrigações, começou a queixar-se do frio da chuva, do calor do Sol, da aspereza das pedras e da umidade do chão.

Tanto clamou e chorou, implorando descanso, que o antigo companheiro
concedeu-lhe alguns dias de folga, a um canto do milharal.

Quando os vermes o viram parado, aproximaram-se em massa, atacando-o sem
compaixão.

Em poucos dias, apodreceram-no, crivando-o de manchas, de feridas e de
buracos.

O arado gemia e suspirava pelo socorro do lavrador, sonhando com o regresso às tarefas alegres e iluminadas do campo …
Mas, era tarde.

Quando o prestimoso amigo voltou para utilizá-lo, era simplesmente um traste inútil.

A história do arado é um aviso para nós todos.

A tentação do repouso é das mais perigosas, porque, depois da ignorância, a preguiça é a fonte escura de todos os males.

Jamais olvidemos que o trabalho é o dom divino que Deus nos confiou para a defesa de nossa alegria e para a conservação de nossa própria saúde.
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Meimei 
Chico Xavier
Obra: Pai nosso
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MENSAGEM DO ESE:

A fé: mãe da esperança e da caridade

Para ser proveitosa, a fé tem de ser ativa; não deve entorpecer-se. Mãe de todas as virtudes que conduzem a Deus, cumpre-lhe velar atentamente pelo desenvolvimento dos filhos que gerou.

A esperança e a caridade são corolários da fé e formam com esta uma trindade inseparável. Não é a fé que faculta a esperança na realização das promessas do Senhor? Se não tiverdes fé, que esperareis? Não é a fé que dá o amor? Se não tendes fé, qual será o vosso reconhecimento e, portanto, o vosso amor?

Inspiração divina, a fé desperta todos os instintos nobres que encaminham o homem para o bem. É a base da regeneração. Preciso é, pois, que essa base seja forte e durável, porquanto, se a mais ligeira dúvida a abalar que será do edifício que sobre ela construirdes? Levantai, conseguintemente, esse edifício sobre alicerces inamovíveis. Seja mais forte a vossa fé do que os sofismas e as zombarias dos incrédulos, visto que a fé que não afronta o ridículo dos homens não é fé verdadeira.

A fé sincera é empolgante e contagiosa; comunica-se aos que não na tinham, ou, mesmo, não desejariam tê-la. Encontra palavras persuasivas que vão à alma, ao passo que a fé aparente usa de palavras sonoras que deixam frio e indiferente quem as escuta. Pregai pelo exemplo da vossa fé, para a incutirdes nos homens. Pregai pelo exemplo das vossas obras para lhes demonstrardes o merecimento da fé. Pregai pela vossa esperança firme, para lhes dardes a ver a confiança que fortifica e põe a criatura em condições de enfrentar todas as vicissitudes da vida.

Tende, pois, a fé, com o que ela contém de belo e de bom, com a sua pureza, com a sua racionalidade. Não admitais a fé sem comprovação, cega filha da cegueira. Amai a Deus, mas sabendo porque o amais; crede nas suas promessas, mas sabendo porque acreditais nelas; segui os nossos conselhos, mas compenetrados do um que vos apontamos e dos meios que vos trazemos para o atingirdes. Crede e esperai sem desfalecimento: os milagres são obras da fé.

— José, Espírito protetor. (Bordéus, 1862.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIX, item

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Prevenções


No capítulo dos sofrimentos voluntários, se somássemos os problemas, conflitos, obstáculos e tribulações decorrentes da prevenção que alimentamos habitualmente contra aquilo que os nossos irmãos estejam pensando ou poderiam pensar, decerto que chegaríamos a conclusões espantosas acerca de aflição desnecessária e tempo perdido.

Oponhamos o bem ao mal e deixemos aos outros a faculdade de serem eles mesmos.

Esse amigo ter-nos-á omitido o nome para determinada manifestação de alegria…

Outro companheiro nos haverá negado a saudação que lhe endereçamos com frase amistosa…

Pessoa querida passou indiferentemente por nós com o semblante carregado de preocupação ou azedume…

Certo colega terá erguido demasiadamente a voz, ferindo-nos a sensibilidade, por bagatelas…

E caímos nos excessos de imaginação, fantasiando ofensas que não existem.

Aprendamos a considerar que, tanto quanto nos acontece, os outros também podem sofrer lapsos da memória, contrariedades imanifestas, inquietações e doenças.

E lembremo-nos: toda vez que descambamos para semelhantes desequilíbrios, somos igualmente capazes de esquecer ou ferir, sem participação de nossa vontade.

Evitemos a prevenção no cotidiano, a fim de que a nossa vida encontre o máximo de rendimento no bem.

Confiança em Deus.

Consciência tranquila.

Dever cumprido.

Trabalho à frente.

E, fazendo todo o bem que se nos faça possível, por todos os modos justos, em todas as ocasiões, com todos os recursos ao nosso alcance e para com todas as criaturas, nunca nos previnamos contra quem quer que seja, porque os pensamentos dos outros pertencem a eles e não a nós.
🌺🌾🌺
Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Rumo certo
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3 comentários:

  1. Bom dia!

    Meu despertar fica mais agradável ao ler as mensagens diariamente, mas no item Abrindo porta inferiores a fonte é pequena com o fundo cinza fica muito difícil a leitura.

    Agradeço pela atenção.
    Muita fé sabedoria e saúde

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  2. Agradecemos seu feedback, Meire. Vamos melhorar! Abraço fraterno! 🙏

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  3. Eu que agradeço pela atenção e carinho.
    Meu abraço fraterno também. Muita paz e luz

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Obrigada pelo comentário.