quinta-feira, 23 de março de 2023

Disciplina e educação


Evidentemente, não se justificam cilício e jejum sistemáticos, a serviço da alma, no entanto, é justo empenharmos atenção e esforço, na aquisição de hábitos dignos, conducentes à elevação.

Considera que toda obra, por mais importante, principia no alicerce e iniciemos as grandes realizações do Espírito, através de pequenos lances de disciplina.

Tanto quanto possível, aprende a te desprenderes dessa ou daquela porção de ti mesmo ou daquilo que te pertença, a fim de ajudar ou facilitar alguém.

Não desprezes a possibilidade de visitar os irmão em doença ou penúria, pelo menos uma vez por semana, de maneira e levar-lhes consolação e refazimento.

Em cada sete dias, qual ocorre ao impositivo do descanso geral, destaca um deles para ingerir o mínimo de alimentação, doando o necessário repouso aos mecanismos do corpo.

Semanalmente, retira igualmente um dia para o trabalho de vigilância absoluta no próprio pensamento e no próprio verbo, mentalizando e falando exclusivamente no bem dos outros.

Em cada ciclo de vinte e quatro horas, separa diminuta área de tempo, quando não possas fazê-la mais ampla, para estudo e meditação, silêncio e prece.

Faze, por dia ou por semana, um horário de serviço gratuito, em auxílio aos companheiros da Humanidade.

Decerto que não estamos generalizando recomendações, de vez que todos conhecemos criaturas, quase inteiramente devotadas ao bem do próximo.

Ainda assim, apresentamos o assunto de nós para nós mesmos, porque toda educação parte da disciplina e, para que nos ajustemos à disciplina nesse ou naquele setor da vida, será sempre invariavelmente preciso começar.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Paz e renovação
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23 de março

Por que não começar agora a pensar em abundância?

Perceba que ser pobre não é uma virtude. Saiba que o dinheiro em si não é mau nem bom, só é.

Está aí para ser usado, mas deve circular e não ser acumulado avaramente.

O dinheiro é poder e o poder deve ser manipulado com sabedoria.

Eletricidade é poder e não se pode brincar com ela, ou ela pode destruir.

Portanto, por que usar o dinheiro de maneira irresponsável.

Quando você puder aceitar a verdadeira liberdade de Espírito, você poderá descartar todas as limitações e sentimentos de punição.

Aprenda a se utilizar do que tem com sabedoria, entendendo que tudo que Eu lhe dou deve ser usado para Minha honra e glória e que você deve ser um bom depositário de todos os Meus valores e presentes perfeitos.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Perda de pessoas amadas. Mortes prematuras

Quando a morte ceifa nas vossas famílias, arrebatando, sem restrições, os mais moços antes dos velhos, costumais dizer: Deus não é justo, pois sacrifica um que está forte e tem grande futuro e conserva os que já viveram longos anos cheios de decepções; pois leva os que são úteis e deixa os que para nada mais servem; pois despedaça o coração de uma mãe, privando-a da inocente criatura que era toda a sua alegria.

Humanos, é nesse ponto que precisais elevar-vos acima do terra-a-terra da vida, para compreenderdes que o bem, muitas vezes, está onde julgais ver o mal, a sábia previdência onde pensais divisar a cega fatalidade do destino. Por que haveis de avaliar a justiça divina pela vossa? Podeis supor que o Senhor dos mundos se aplique, por mero capricho, a vos infligir penas cruéis?

Nada se faz sem um fim inteligente e, seja o que for que aconteça, tudo tem a sua razão de ser. Se perscrutásseis melhor todas as dores que vos advêm, nelas encontraríeis sempre a razão divina, razão regeneradora, e os vossos miseráveis interesses se tornariam de tão secundária consideração, que os atiraríeis para o último plano.

Crede-me, a morte é preferível, numa encarnação de vinte anos, a esses vergonhosos desregramentos que pungem famílias respeitáveis, dilaceram corações de mães e fazem que antes do tempo embranqueçam os cabelos dos pais. Freqüentemente, a morte prematura é um grande benefício que Deus concede àquele que se vai e que assim se preserva das misérias da vida, ou das seduções que talvez lhe acarretassem a perda. Não é vítima da fatalidade aquele que morre na flor dos anos; é que Deus julga não convir que ele permaneça por mais tempo na Terra.

É uma horrenda desgraça, dizeis, ver cortado o fio de uma vida tão prenhe de esperanças! De que esperanças falais? Das da Terra, onde o liberto houvera podido brilhar, abrir caminho e enriquecer? Sempre essa visão estreita, incapaz de elevar-se acima da matéria. Sabeis qual teria sido a sorte dessa vida, ao vosso parecer tão cheia de esperanças? Quem vos diz que ela não seria saturada de amarguras?

Desdenhais então das esperanças da vida futura, ao ponto de lhe preferirdes as da vida efêmera que arrastais na Terra? Supondes então que mais vale uma posição elevada entre os homens, do que entre os Espíritos bem-aventurados?

Em vez de vos queixardes, regozijai-vos quando praz a Deus retirar deste vale de misérias um de seus filhos. Não será egoístico desejardes que ele aí continuasse para sofrer convosco? Ah! essa dor se concebe naquele que carece de fé e que vê na morte uma separação eterna. Vós, espíritas, porém, sabeis que a alma vive melhor quando desembaraçada do seu invólucro corpóreo. Mães, sabei que vossos filhos bem-amados estão perto de vós; sim, estão muito perto; seus corpos fluídicos vos envolvem, seus pensamentos vos protegem, a lembrança que deles guardais os transporta de alegria, mas também as vossas dores desarrazoadas os afligem, porque denotam falta de fé e exprimem uma revolta contra a vontade de Deus.

Vós, que compreendeis a vida espiritual, escutai as pulsações do vosso coração a chamar esses entes bem-amados e, se pedirdes a Deus que os abençoe, em vós sentireis fortes consolações, dessas que secam as lágrimas; sentireis aspirações grandiosas que vos mostrarão o porvir que o soberano Senhor prometeu.

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— Sanson, ex-membro da Sociedade Espírita de Paris. (1863.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, item 21.)
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MORTE PREMATURA: ELES CONTINUAM


Carlinhos veio para coroar uma união amorosa, nasceu e cresceu em ambiente repleto de afeto, criança inteligente e generosa, desde os primeiros anos demonstrava essas qualidades.

O garoto era a razão da vida dos pais, motivo de orgulho dos avós, verdadeiro xodó da família.

A vida transcorria tranquila para todos, mas eis que um dia repentinamente a enfermidade bate a porta da família e leva consigo seu mais ilustre representante, Carlinhos, então com 7 anos, tem seus olhos fechados para a vida física.

A inconformação toma conta de todos, sobretudo do pai.

Revoltado, volta-se contra a Divina Providência.

Resolve ignorar completamente o Pai Celeste, negando sua existência.

Ainda hoje, após 4 anos do fato, quando alguém cita o nome de Deus podemos ver seu semblante de contrariedade.

Costuma questionar :

- Se Deus realmente existe, porque deixou meu filho, uma criança que tinha toda uma vida pela frente, morrer?

Certamente é uma dolorosa provação a morte de um filho em tenra idade, entretanto, temos que considerar que antes de termos filiação terrena, temos uma filiação divina – somos filhos de Deus, e o Pai de infinito amor não comete injustiças.

A vida prossegue em seus infinitos planos, nossos pequenos que se foram continuam a existir, a viver...

A Doutrina Espírita trata com propriedade do assunto, e Kardec em “O Livro dos Espíritos” faz a seguinte indagação aos mentores que o assistem:

199 - Por que a vida é muitas vezes interrompida na infância?

R – A duração da vida de uma criança pode ser, para o Espírito que nela está encarnado, o complemento de uma existência anterior interrompida antes do tempo. Sua morte é, muitas vezes, também uma provação ou uma expiação para os pais.

Em tudo há uma razão, uma finalidade!

Nada se perde na obra divina, natural a tristeza pela separação, o que não é natural é o sentimento de revolta que endurece o coração e insensibiliza.

A revolta aguça a tristeza e o sentimento de perda!

Temos no conhecimento espírita abençoada alavanca que nos oferece duas preciosas ferramentas – Conhecimento e motivação para prosseguir.

Quem teve um filho levado para outro plano da vida, ao invés de se revoltar, pode resignar-se ante o inevitável e alegrar a existência engajando-se em um trabalho num orfanato, irá assim, ocupar o tempo com o melhor antídoto contra a tristeza – o amor!

Portanto, confrade e confreira, ofereça essa dádiva do conhecimento espírita aos famintos de ânimo, para que assim, possam recuperar a alegria de viver e enxergar na morte de seus pequenos provações necessárias e não castigos ou indiferença do Pai Celeste.

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Wellington Balbo
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OS VIRA LATAS


Desaparecera Nelito, o filhinho do industrial Sérgio Luce.

A família viera da cidade passar o fim de semana no apagado burgo madeireiro. E Manoel, o pequeno Nelito, de quatro anos, embrenhara-se na mata enorme que circundava a localidade.

Duas horas longas de expectativa.

A senhora Luce chorava ao pé do marido preocupado. Amigos chegando. Servidores em movimento. Lá estavam as pessoas mais salientes da vila. O médico, o sacerdote, o juiz, alguns professores e o antigo advogado, Dr. Nascimento Júnior, muito conhecido pela sua intransigência religiosa.

Humilde, apareceu também Florêncio Gama, o diretor do templo espírita recém-fundado.

Misturava-se, em sua roupa surrada, à turba palradora, no grande portão da entrada, sustendo dois cães arrepiados, em corda curta.

– Florêncio! Florêncio, venha cá!

Era o Dr. Nascimento a chamá-lo. O operário simples, de chapéu na mão e segurando os cachorros mansos, foi atender.

Talvez desejando humilhá-lo, o causídico pronunciou grande sermão.

Não estimava saber que um templo espírita se erguera.

Respeitava em Florêncio um homem de bem. Trabalhador correto. Ordeiro. Entretanto, não queria vê-lo nas fileiras espíritas. E acrescentava que os espíritas não eram cristãos tradicionais. Não tinham classe. Discutiam livremente o Evangelho do Senhor. E isso lhe parecia desrespeito.

A Doutrina Espírita, a seu ver, constituía desordenado movimento do povo. Sem pastor visível. Sem qualquer linha aristocrática na direção. Que o amigo lhe desculpasse. A hora de inquietude não comportava o assunto; contudo, não conseguia furtar-se ao ensejo.

Florêncio ouviu calado.

Explicou que desejava simplesmente cooperar na busca. E pediu uma roupa usada pela criança.

A senhora Luce atendeu.

Em seguida, solicitou a presença dos cães que habitavam a casa. Vieram à sala quatro buldogues solenes, cinco dinamarqueses fidalgos, dois “fox-terrier” e uma cadelinha “bassé”.

Florêncio deu-lhes a roupa da criança a cheirar, mas não se moveram.

A seguir, repetiu a operação com os dois cãezinhos que o acompanhavam. Latiram, impacientes.

E libertos correram para a mata, voltando, daí a alguns minutos, ladrando alegremente.

– “Sigamo-los – disse Florêncio –, tudo indica que a criança foi encontrada.”

Todo o grupo avançou.

Com efeito, em pouco tempo, seguindo os cães, surpreenderam a criança dormindo num monte de palha seca.

Os animais ganiam, felizes, como quem havia cumprido agradável dever.

Júbilo geral.

Florêncio recolheu os companheiros para a volta, e, dirigindo-se, bem-humorado, ao Dr. Nascimento, disse-lhe

– Olhe a lição, doutor. O senhor, decerto, enganou-se ao dizer que a Doutrina Espírita não possui representantes respeitáveis. Temos, sim. E muitos. Agora, quanto a sermos uma religião do povo, lembre-se de que os cães de raça, embora valiosíssimos, ficaram em casa emproados e preguiçosos. Nossos cachorros anônimos, porém, não hesitaram...

E terminou, contente :

– Conforme o senhor disse, os espíritas podem ser os vira-latas do canil terrestre, segundo o seu conceito, mas procuram trabalhar, aprendendo a servir...

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Pelo Espírito Hilário Silva - Do livro: Almas em Desfile. Médium: Francisco Cândido Xavier
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Espíritas em família não espírita


Dos temas relacionados a grupos consanguíneos, temos a considerar um dos mais importantes para nós outros, qual seja aquele dos companheiros espíritas ligados a familiares que ainda não conseguem aceitar os ensinamentos do Espiritismo.

Frequentemente, os amigos incursos nessa prova recorrem ao Mundo Espiritual pedindo orientação. Suspiram por ambiente que lhes seja próprio aos ideais, querem afetos que lhes incentivem as realizações, e, porque o Mundo Espiritual lhes respeite o livre-arbítrio, contornando-lhes os problemas, sem ferir-lhes a iniciativa, muitos deles entram em dúvida, balançando o coração, entre o anseio de fuga e o acatamento ao dever.

O espírita, porém, comprometido com os parentes não espíritas, permanece acordado para as realidades da reencarnação; sabe que ninguém assume obrigações à revelia do foro íntimo e que ninguém renasce sem motivo, nessa ou naquela equipe familiar. Seja atendendo a exigências de afinidade, escolha, expiação ou tarefa específica, o Espírito reencarna ou trabalha junto daqueles com quem lhe compete evoluir, aprimorar-se, quitar-se, desincumbir-se de certos encargos ou atender a programas de ordem superior e, por isso, não dispõe do direito de deserção da oficina doméstica, tão só porque aí não encontre criaturas capazes de lhe partilharem os sonhos de elevação. Aliás, exatamente aí, na forja de inquietantes conflitos sentimentais, é que se edificará para a ascensão a que aspira.

Cônjuge difícil, pais incompreensivos, irmãos-enigmas ou filhos-problemas constituem na Terra o corpo docente de que necessitamos na escola familiar. Com eles e por eles, é que avaliamos as nossas próprias claudicações, de modo a corrigi-las.

Indiscutivelmente, em explanando assim, não induzimos companheiro algum a compartilhar criminalidade em nome de obrigação.

Porque estejamos vinculados a alguém, não estamos constrangidos à insensatez que esse alguém se decida a cultivar.

Desejamos unicamente ponderar que não é razoável abandonar ou interromper ajustes edificantes sem que a nossa consciência esteja em paz com o dever cumprido.

Sempre que nos reconheçamos desambientados na família do mundo, à face dos princípios espíritas que os entes queridos não se mostrem, de imediato, dispostos a abraçar, estamos na posição do devedor entre credores vários, com a valiosa possibilidade de ressarcir nossos débitos, ou na condição do aluno em curso intensivo de burilamento individual, com a bendita oportunidade de adquirir atestados de competência, em diversas lições.

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Emmanuel
Chico Xavier
Estude e viva
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