terça-feira, 21 de março de 2023

Renovações


Pausar para refletir ou refazer.

Nunca estacionar para censurar ou lamentar.

 Em toda parte e em qualquer tempo, vemos a vitalidade do Universo a exprimir-se, incessantemente. Árvores lançam fora de si as folhas inúteis e deitam vergônteas novas. Sementes lembrando fragmentos cadaverizados da Natureza são confiadas à terra que as fecunda, transfigurando-as com o tempo em gigantes do plano vegetal.

 Em teu próprio corpo, o princípio da ação constante se manifesta; enquanto te guardas independente na esfera dos próprios pensamentos, milhões de células trabalham em teu favor. Alimentas-te e não te preocupas com os fenômenos da nutrição. Dormes e múltiplas operações fisiológicas se efetuam em ti, sem que precises tomar disso imediato conhecimento.

 Queiramos ou não reconhecer a verdade, estamos mergulhados no oceano da Energia Divina, tanto quanto o peixe dentro d’água.

 Nós, porém, — as criaturas humanas, — somos almas conscientes, erguidas ao regime da responsabilidade pessoal ante os privilégios da razão e, conquanto “existamos e nos movamos em Deus”,  conforme a feliz assertiva do apóstolo Paulo, somos livres para pensar, imaginar, criar e estabelecer, gerando causas e consequências na esfera de nossos próprios destinos. Daí, a necessidade de nos enquadrarmos nos planos do Supremo Pai, quanto à edificação da felicidade de todos, aceitando e abençoando as renovações que se nos façam indispensáveis.

 Acreditar na força do bem e cooperar com ela, na sustentação da harmonia geral, é imperativo da Lei Divina, de cuja execução não nos é lícito desvencilhar. Se intimados pelas circunstâncias a necessárias alterações na experiência cotidiana, louvemos a Divina Providência e vejamos como dirigir convenientemente as nossas possibilidades para que se faça o melhor com o nosso auxílio, na obra do progresso e do aprimoramento em nós e fora de nós.

Em quaisquer óbices que nos tentem barrar a jornada evolutiva, procuremos a superação deles, através da ação contínua no bem de todos.

 Comparemos a nossa tarefa a um navio lançado ao mar. Tempestades sobrevêm e rochedos surgem, obrigando-nos, muita vez, a mudanças de rumo; no entanto, se cada um de nós se mantém fiel no posto de trabalho a que foi conduzido, com aplicação sincera ao próprio dever, nenhum perigo nos impelirá a desastre, porque, se o homem coopera, Deus opera, e se nós, — a Humanidade, — somos a equipagem na embarcação enorme do mundo, é preciso jamais esquecer que Deus está no leme.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Encontro marcado
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21 de março

Chegou a primavera.
Chegou a Nova Era.

Acorde de sua sonolência e encante-se com as maravilhas desta vida, porque estes são ótimos tempos para se viver.

Veja somente o melhor em tudo que está acontecendo.

Espere pelas mudanças e junte-se a elas não permitindo que nada em você as atrase. Nunca tema o novo, o desconhecido, mas mergulhe nele sem medo, na certeza de que EU ESTOU sempre com você e jamais o deixarei desamparado ou o renegarei. Reconheça-Me em tudo e dê a Mim toda a honra e glória.

Saiba que você está se dirigindo para uma Era de Ouro, por isso não se preocupe nem lute contra as mudanças que estão acontecendo.

A hora mais escura vem antes da aurora gloriosa. A aurora está aqui; chegou no ritmo perfeito e nada pode detê-la. Todo o universo funciona neste ritmo perfeito, por que não você?

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Ajuda-te a ti mesmo, que o céu te ajudará (II)

Se Deus houvesse isentado do trabalho do corpo o homem, seus membros se teriam atrofiado; se o houvesse isentado do trabalho da inteligência, seu espírito teria permanecido na infância, no estado de instinto animal. Por isso é que lhe fez do trabalho uma necessidade e lhe disse: Procura e acharás; trabalha e produzirás. Dessa maneira serás filho das tuas obras, terás delas o mérito e serás recompensado de acordo com o que hajas feito.

Em virtude desse princípio é que os Espíritos não acorrem a poupar o homem ao trabalho das pesquisas, trazendo-lhe, já feitas e prontas a ser utilizadas, descobertas e invenções, de modo a não ter ele mais do que tomar o que lhe ponham nas mãos, sem o incômodo, sequer, de abaixar-se para apanhar, nem mesmo o de pensar. Se assim fosse, o mais preguiçoso poderia enriquecer-se e o mais ignorante tornar-se sábio à custa de nada e ambos se atribuírem o mérito do que não fizeram. Não, os Espíritos não vêm isentar o homem da lei do trabalho: vêm unicamente mostrar-lhe a meta que lhe cumpre atingir e o caminho que a ela conduz, dizendo-lhe: Anda e chegarás. Toparás com pedras; olha e afasta-as tu mesmo. Nós te daremos a força necessária, se a quiseres empregar.
(O Livro dos Médiuns, 2ª Parte, cap. XXVI, nº 291 e seguintes.)

Do ponto de vista moral, essas palavras de Jesus significam: Pedi a luz que vos clareie o caminho e ela vos será dada; pedi forças para resistirdes ao mal e as tereis; pedi a assistência dos bons Espíritos e eles virão acompanhar-vos e, como o anjo de Tobias, vos guiarão; pedi bons conselhos e eles não vos serão jamais recusados; batei à nossa porta e ela se vos abrirá; mas, pedi sinceramente, com fé, confiança e fervor; apresentai-vos com humildade e não com arrogância, sem o que sereis abandonados às vossas próprias forças e as quedas que derdes serão o castigo do vosso orgulho. Tal o sentido das palavras: buscai e achareis; batei e abrir-se-vos-á.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXV, itens 3 a 5.)
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Destrua o fascínio pelo supérfluo


Muitas vezes, a sedução de frivolidades desvia a atenção do indivíduo dos assuntos essenciais que concernem a sua passagem no mundo físico.
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Não seja condescendente com as futilidades do ego, ainda sabendo que não poderá abolir de todo a presença das quinquilharias mentais e emocionais no seu mundo íntimo.
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A vida física é curta demais e as oportunidades existenciais preciosas demais para que se passe o tempo tomado por trivialidades.
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Concentre-se no essencial.
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Tudo passa, menos as conquistas permanentes do espírito.
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Tudo passa, menos o amor que se semeia e a sabedoria que se adquire.

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Temistocles
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Cozinhando nossos feijões


Conta certa lenda que um monge, muito sábio e já idoso, se dispôs a encontrar um substituto para a administração da comunidade a que servia.

Eram muitos os seus pupilos, mas a convivência com eles deixava claro que nem todos possuíam as condições necessárias para ocupar o cargo.

No entanto, dois rostos se realçaram em sua mente, por lhe parecerem os mais preparados.

Como somente um poderia substitui-lo, ele resolveu lançar um desafio que poria a capacidade de ambos em cheque e mostraria o mais apto a sucedê-lo.

Dessa forma, convocou os dois monges e deu, a cada um, alguns grãos de feijão, que deveriam ser colocados dentro de seus sapatos, na hora de fazerem a prova.

O desafio seria subir uma grande montanha usando os sapatos com os grãos de feijão dentro.

Chegados o dia e hora marcados, teve início a prova.

Logo nos primeiros metros, um dos candidatos começou a mancar.
Não foi além do meio da subida.

Seu rosto estava marcado pela dor.
Ele parou e tirou os sapatos.
As bolhas, em seus pés, eram imensas e sangravam.

Sentou-se à beira do caminho, reconhecendo que não teria condições de prosseguir.

Para sua surpresa, verificou que o outro concorrente sumiu de vista, andando ligeiro, montanha acima.

Quando a prova foi encerrada, todos se reuniram para aplaudir o vencedor.

Mais tarde, após colocar curativos nos próprios pés, o perdedor aproximou-se do vitorioso e lhe perguntou como conseguira fazer todo o percurso com os grãos nos sapatos.

Ah! – elucidou ele – é que antes de colocá-los nos sapatos, eu os cozinhei.

* * *
São variados os desafios que enfrentamos no decorrer de nossas vidas.

De um modo geral, saímos afoitos querendo resolvê-los o mais depressa possível.
Quase sempre nos esquecemos de buscar, antes, uma forma de amaciarmos nossas rudes dificuldades.

Por mais difícil seja a prova que a vida nos apresente, em determinados momentos, podemos encontrar uma forma para, ao menos, amenizar a situação.

Talvez baste a disposição de conversarmos com alguém que nos possa auxiliar a ver uma solução para um fato que nos pareça impossível de ser resolvido.

Em certas situações, muitas vezes, bastará um gesto, algumas palavras que retratem nosso desejo de encontrar uma saída, com sabedoria e humildade.

Por vezes, teremos que nos colocar no lugar do outro, para compreender melhor a sua problemática, o que nos levará a perceber o quanto nós também, ainda, necessitamos nos amaciar interiormente.

Os desafios são inevitáveis mas, sempre poderemos usar nossa inteligência, nossa criatividade, na busca de soluções.

Se não resolvermos as situações difíceis que nos envolvem, carregaremos nossos problemas para onde formos.

São exatamente o nosso orgulho, o nosso egoísmo ou a nossa vaidade que nos colocam traves nos olhos, impedindo-nos de ver o que pode ser uma solução.

Esses monstros nos perseguem porque os alimentamos.
Problemas, todos os temos.
Maiores, menores.

Somos nós que determinamos se eles nos dominam ou se nós os vencemos.

Lembremo-nos de que, às vezes, bastará cozinharmos os nossos feijões.

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Redação do Momento Espírita, com narração de lenda de conhecimento oral.
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