quarta-feira, 26 de julho de 2023

O tratamento das doenças e o Espiritismo


1 — O Espiritismo pode contribuir para o tratamento das doenças?

A Doutrina Espírita, expressando o Cristianismo Redivivo, não apenas descortina os panoramas radiantes da imortalidade, ante o grande futuro, mas é igualmente luz para o homem, a clarear-lhe o caminho; desse modo, desempenha função específica no tratamento das doenças que fustigam a Humanidade, por ensinar a medicina da alma, em bases no amor construtivo e reedificante.

Nas trilhas da experiência terrestre, realmente, a cada trecho, surpreendemos desequilíbrios, a se exprimirem por enfermidades individuais e coletivas.

2 — Existe uma patologia da alma?

Mágoas, ressentimentos, desesperos, atritos e irritações entretecem crises do pensamento, estabelecendo lesões mentais que culminam em processos patológicos, no corpo e na alma, quando não se convertem, de pronto, em pábulo da loucura ou em sombra da morte.

3 — Por que acontece assim?

Isso acontece porque milhões de criaturas, repostas no lar, recapitulam amargosas e graves experiências, junto daqueles que atormentaram outrora ou que outrora lhes foram implacáveis verdugos; metamorfoseados em companheiros que, às vezes, trazem o nome de pais e figuram-se adversários intransigentes; respondem por filhos e mais se assemelham a duros algozes dos corações afetuosos que lhes deram o tesouro do berço; carregam a certidão de esposos e parecem forçados, em algema dupla na pedreira do sofrimento; fazem-se conhecidos por titulares da parentela e exibem-se, à feição de carrascos tranquilos.

4 — Como classificar o reduto doméstico, onde se reúnem sob os mesmos interesses e sob o mesmo sangue os inimigos de existências passadas?

Do ponto de vista mental, os adversários do pretérito, reencarnados no presente, expandem entre si tamanha carga vibratória de crueldade e rebeldia, que transfiguram o ninho familiar em furna minada por miríades de raios destrutivos de azedume e aversão.

5 — Qual o papel dos princípios espíritas diante dos conflitos familiares?

Diante desses conflitos, surgem os princípios espíritas por medicação providencial.

6 — Qual o ponto fundamental do socorro espírita nos males de origem doméstica?

Evidenciando a reencarnação, destacam o impositivo da tolerância mútua, por terapêutica espiritual imediata, a fim de que os pontos nevrálgicos do indivíduo ou do grupo sejam definitivamente sanados.

7 — Como classifica a Doutrina Espírita as pessoas difíceis da convivência ou da consanguinidade?

Proclamando o entendimento fraterno por medida inalienável, perante os ajustes precisos, catalogam os irmãos transviados na ficha dos enfermos carecentes de compaixão e socorro.

8 — Como funcionam os ensinamentos espíritas na cura dos males que infelicitam as criaturas humanas?

Despertando a mente para a necessidade do trabalho e do estudo espontâneo, preparam a criatura, em qualquer situação, para a obra do aperfeiçoamento próprio e desvelando a continuidade da vida, para lá da morte, patenteiam ao raciocínio de cada um que a individualidade não encontrará, além-túmulo, qualquer prerrogativa e sim a felicidade ou o infortúnio que construiu para si mesma, através daquilo que fez aos semelhantes.

9 — A caridade pode auxiliar nas curas dos males humanos?

Fácil verificar, assim, que a Doutrina Espírita encerra a filosofia do pensamento reto, por agente preservativo da saúde moral, e consubstancia a religião natural do bem, cujas manifestações definem a caridade por terapêutica de alívio e correção de todos os males que afligem a existência.

10 — Em que fórmulas essenciais se baseia a terapêutica espírita?

Com os ensinamentos espíritas aprendemos que os atos de bondade, ainda os mais apagados e pequeninos, são plantações de alegrias eternas e que o perdão incondicional das ofensas é a fórmula santificante para supressão da dor e renovação do destino.

11 — Quais são os medicamentos do Espírito?

Nas atividades espíritas, colherás do magnetismo sublimado benefícios imediatos, seja no clima do passe, sob o influxo da oração, ou no culto sistemático do Evangelho no lar, por intermédio dos quais, benfeitores e amigos desencarnados te reequilibram as forças, através da inspiração elevada, apaziguando-nos os pensamentos, ou se valem de recursos mediúnicos esparsos no ambiente, a fim de nos propiciarem socorro à alma aflita ou às energias exaustas.

Se abraçaste, pois, a Doutrina Espírita, perlustra-lhes os ensinos e compreenderás que a humildade e a benevolência, o serviço e a abnegação, a paciência e a esperança, a solidariedade e o otimismo são medicamentos do Espírito, transformando lutas em lições e dificuldades em bênçãos, porque no mundo de cada esclarecimento e de cada mensagem consoladora, que efluem da inspiração, ouvirás a palavra do Cristo: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei.” ( † )

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Leis de amor
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26 de julho

EU ESTOU em você.

EU ESTOU igualmente em todas as almas; é só uma questão de conscientização.

Algumas almas são mais conscientes do que outras da sua divindade interior, e conseguem se alimentar desta fonte e viver por ela; assim, parecem estar vivendo e demonstrando algo de sobrenatural.

Mas não há nada de sobrenatural; elas estão somente vivendo de acordo com as Minhas leis e usando corretamente seus poderes interiores.

O ar existe para ser respirado, mas é você que decide aspirá-lo.

A eletricidade existe para ser usada, mas tem que ser dominada para que se possa ligar o botão e usá-la. Se a eletricidade não for ligada, não poderá demonstrar o poder que está esperando para ser liberado.

O mesmo acontece com o poder espiritual contido em você: ele existe para que você possa usá-lo, mas depende de você apertar o botão para liberá-lo.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Desigualdade das riquezas

A desigualdade das riquezas é um dos problemas que inutilmente se procurará resolver, desde que se considere apenas a vida atual. A primeira questão que se apresenta é esta: Por que não são igualmente ricos todos os homens? Não o são por uma razão muito simples: por não serem igualmente inteligentes, ativos e laboriosos para adquirir, nem sóbrios e previdentes para conservar. É, alias, ponto matematicamente demonstrado que a riqueza, repartida com igualdade, a cada um daria uma parcela mínima e insuficiente; que, supondo efetuada essa repartição, o equilíbrio em pouco tempo estaria desfeito, pela diversidade dos caracteres e das aptidões; que, supondo-a possível e durável, tendo cada um somente com que viver, o resultado seria o aniquilamento de todos os grandes trabalhos que concorrem para o progresso e para o bem-estar da Humanidade; que, admitido desse ela a cada um o necessário, já não haveria o aguilhão que impele os homens às grandes descobertas e aos empreendimentos úteis. Se Deus a concentra em certos pontos, é para que daí se expanda em quantidade suficiente, de acordo com as necessidades.

Admitido isso, pergunta-se por que Deus a concede a pessoas incapazes de fazê-la frutificar para o bem de todos. Ainda aí está uma prova da sabedoria e da bondade de Deus. Dando-lhe o livre-arbítrio, quis ele que o homem chegasse, por experiência própria, a distinguir o bem do mal e que a prática do primeiro resultasse de seus esforços e da sua vontade. Não deve o homem ser conduzido fatalmente ao bem, nem ao mal, sem o que não mais fora senão instrumento passivo e irresponsável como os animais. A riqueza é um meio de o experimentar moralmente. Mas, como, ao mesmo tempo, é poderoso meio de ação para o progresso, não quer Deus que ela permaneça longo tempo improdutiva, pelo que incessantemente a desloca. Cada um tem de possuí-la, para se exercitar em utilizá-la e demonstrar que uso sabe fazer dela. Sendo, no entanto, materialmente impossível que todos a possuam ao mesmo tempo, e acontecendo, além disso, que, se todos a possuíssem, ninguém trabalharia, com o que o melhoramento do planeta ficaria comprometido, cada um a possui por sua vez. Assim, um que não na tem hoje, já a teve ou terá noutra existência; outro, que agora a tem, talvez não na tenha amanhã. Há ricos e pobres, porque sendo Deus justo, como é, a cada um prescreve trabalhar a seu turno. A pobreza é, para os que a sofrem, a prova da paciência e da resignação; a riqueza é, para os outros, a prova da caridade e da abnegação.

Deploram-se, com razão, o péssimo uso que alguns fazem das suas riquezas, as ignóbeis paixões que a cobiça provoca, e pergunta-se: Deus será justo, dando-as a tais criaturas? E exato que, se o homem só tivesse uma única existência, nada justificaria semelhante repartição dos bens da Terra; se, entretanto, não tivermos em vista apenas a vida atual e, ao contrário, considerarmos o conjunto das existências, veremos que tudo se equilibra com justiça. Carece, pois, o pobre de motivo assim para acusar a Providência, como para invejar os ricos e estes para se glorificarem do que possuem. Se abusam, não será com decretos ou leis suntuárias que se remediará o mal. As leis podem, de momento, mudar o exterior, mas não logram mudar o coração; daí vem serem elas de duração efêmera e quase sempre seguidas de uma reação mais desenfreada. A origem do mal reside no egoísmo e no orgulho: os abusos de toda espécie cessarão quando os homens se regerem pela lei da caridade.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVI, item 8.)
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Necessidade essencial


“Mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça.” – Jesus. (Lucas, 22:32.)

Justo destacar que Jesus, ciente de que Simão permanecia num mundo em que imperam as vantagens de caráter material, não intercedesse, junto ao Pai, a fim de que lhe não faltassem recursos físicos, tais como a satisfação do corpo, a remuneração substanciosa ou a consideração social.

Declara o Mestre haver pedido ao Supremo Senhor para que em Pedro não se enfraqueça o dom da fé.

Salientou, assim, o Cristo, a necessidade essencial da criatura humana, no que se refere à confiança em Deus, num círculo de lutas onde todos os benefícios visíveis estão sujeitos à transformação e à morte.

Testemunhava que, de todas as realizações sublimes do homem atual, a fé viva e ativa é das mais difíceis de serem consolidadas. Reconhecia que a segurança espiritual dos companheiros terrestres não é obra de alguns dias, porque pequeninos acontecimentos podem interrompê-la, feri-la, adiá-la. A ingratidão de um amigo, um gesto impensado, a incompreensão de alguém, uma insignificante dificuldade, podem prejudicar-lhe o desenvolvimento.

Em plena oficina humana, portanto, é imprescindível reconheças a transitoriedade de todos os bens transferíveis que te cercam. Mobiliza-os sempre, atendendo aos superiores desígnios da fraternidade que nos ensinam a amar-nos uns aos outros com fidelidade e devotamento.

Convence-te, porém, de que a fé viva na vitória final do espírito eterno é o óleo divino que nos sustenta a luz interior para a divina ascensão.

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EMMANUEL
(do livro “Vinha de Luz” – psic. Chico Xavier)
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Toque de Fé


Ergue-te e caminha.

Enxuga as lágrimas e fita os Céus.

Deus que te sustentou até ontem, sustentará hoje e sempre.

A sombra vale para destacar a luz. Surge a dor para aumentar a alegria.

Se provações te feriram, esquece.

Se desenganos te amargaram a existência, não esmoreças.

Escuta a esperança, no silêncio da própria alma, a falar-te de futuro e de amor, de beleza e eternidade e transforma a bênção das horas em riqueza de trabalho.

Olvida toda sombra, à procura de mais luz e perceberás que Deus está contigo, em teu próprio coração, a estender-te os braços abertos.

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Meimei
Chico Xavier
Obra: Amizade
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