terça-feira, 24 de outubro de 2023

A lição da doação



Comumente ouvimos falar a respeito da necessidade de nos desapegarmos das coisas materiais, desde que somos passageiros nesta vida, sendo a verdadeira a vida espiritual.

Ao esboçarmos tal conceito, o que temos em mente é de repassá-lo para adultos, isto é, pessoas maduras.

É que nutrimos a ilusão de que os mais idosos é que partem primeiro, o que nem sempre é verdadeiro, embora possa parecer a lei natural.

Dessa forma, é bastante importante que comecemos a ministrar a lição da doação, do desapego aos pequeninos.

Excelente exercício é convidá-los a doar alguns dos seus brinquedos para outras crianças. Afinal, para os pequenos, o que existe de mais precioso, senão os seus brinquedos?

A experiência tem demonstrado que, assim convidadas, as crianças normalmente escolhem diversos brinquedos, em especial se lhes for dito que eles se destinam a outras crianças que não têm com que brincar.

É comovente se observar como elas separam bonecas, bolas, bichinhos de pelúcia, e vão afirmando: Com este, eu já não brinco mais. Este eu posso dar.

Mais comovente ainda é observá-las entregar, de boa vontade, os seus brinquedos a outras crianças.

Mas o que se tem registrado em momentos tais é a interferência dos pais, separando, dentre os escolhidos pela criança para doação, aqueles brinquedos que reputam de muito valor para irem parar nas mãos de uns pequenos carentes.

É que os adultos olhamos para os brinquedos com olhos de valores comerciais, enquanto a criança tem olhos de utilidade.

Muitas vezes, o brinquedo caro não é o seu preferido.

Quando, como pais, assim procedemos, estamos demonstrando o quanto somos apegados às coisas materiais e o quanto nos falta ainda exercitar para nos libertarmos em definitivo de tais conceitos.

Urgente que aprendamos a não interferir nas decisões das nossas crianças, quando a generosidade se lhes estampa nos gestos. Pois é nas lições do cotidiano que se forma o caráter dos pequenos. E, de um modo geral, somos nós mesmos, os pais, que podamos com nossas atitudes aquilo que é espontâneo nos nossos pequenos.

Dar coisas, e mormente aquelas que consideramos como preciosas, é a verdadeira lição da doação.

Lição que os pequenos demonstram em abundância, nas quais nós, os adultos, nos devemos espelhar.

É que, normalmente, buscamos dar daquilo que nos sobra, que nos é supérfluo, que não mais desejamos.

Quando assim agimos, não estamos nos doando verdadeiramente, pois que nada mais fazemos que atender a um gesto de fraternidade, algo que se espera de qualquer ser humano em relação a outro carente.
* * *
O sinal de que Jesus está conosco e nós com Ele é exatamente o que nos dispomos dar, em nome Dele.

Doemos, pois, o pão da esperança, da alegria e do bom ânimo para todos os que encontremos em nosso caminho, desesperançados, tristes e acabrunhados.

Engrandeçamo-nos nas pequenas doações, crescendo nos deveres que nos cabem realizar.

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Redação do Momento Espírita, com pensamento final extraído
do verbete Doação, do livro Repositório de sabedoria, v.2,
pelo Espírito Joanna de Ângelis , psicografia de
Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
FORMATAÇAO E PESQUISA: MILTER – 26-07-2020
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24 de outubro

O que foi bom e apropriado ontem, não o é necessariamente hoje.

É por isso que se deve viver um dia por vez, e viver plenamente o glorioso agora.

Conseguindo isso, sem reservas ou preconceitos, você será capaz de aceitar as mudanças sem resistência e a vida fluirá suavemente. Isto é mais fácil falar do que fazer, especialmente se você já estava bem enraizado e seguro na maneira como as coisas estavam fluindo.

Coloque sua segurança em Mim e nunca numa situação, num plano ou numa pessoa, pois o que está aqui hoje pode não estar mais amanhã.

Mas EU ESTOU sempre aqui, por toda a eternidade.

Portanto, procure por Mim e Me encontre, e nada tema.

Permita que as mudanças ocorram e saiba simplesmente que cada mudança será para melhor e necessária para o crescimento e a expansão do todo.

🍄🌱🍄
Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Necessidade da encarnação

É um castigo a encarnação e somente os Espíritos culpados estão sujeitos a sofrê-la?

A passagem dos Espíritos pela vida corporal é necessária para que eles possam cumprir, por meio de uma ação material, os desígnios cuja execução Deus lhes confia. É-lhes necessária, a bem deles, visto que a atividade que são obrigados a exercer lhes auxilia o desenvolvimento da inteligência. Sendo soberanamente justo, Deus tem de distribuir tudo igualmente por todos os seus filhos; assim é que estabeleceu para todos o mesmo ponto de partida, a mesma aptidão, as mesmas obrigações a cumprir e a mesma liberdade de proceder. Qualquer privilégio seria uma preferência, uma injustiça. Mas, a encarnação para todos os Espíritos, é apenas um estado transitório. É uma tarefa que Deus lhes impõe, quando iniciam a vida, como primeira experiência do uso que farão do livre-arbítrio. Os que desempenham com zelo essa tarefa transpõem rapidamente e menos penosamente os primeiros graus da iniciação e mais cedo gozam do fruto de seus labores. Os que, ao contrário, usam mal da liberdade que Deus lhes concede retardam a sua marcha e, tal seja a obstinação que demonstrem, podem prolongar indefinidamente a necessidade da reencarnação e é quando se torna um castigo.

— São Luís. (Paris, 1859.)

NOTA. — Uma comparação vulgar fará se compreenda melhor essa diferença. O escolar não chega aos estudos superiores da Ciência, senão depois de haver percorrido a série das classes que até lá o conduzirão. Essas classes, qualquer que seja o trabalho que exijam, são um meio de o estudante alcançar o fim e não um castigo que se lhe inflige. Se ele é esforçado, abrevia o caminho, no qual, então, menos espinhos encontra. Outro tanto não sucede àquele a quem a negligência e a preguiça obrigam a passar duplamente por certas classes. Não é o trabalho da classe que constitui a punição; esta se acha na obrigação de recomeçar o mesmo trabalho.

Assim acontece com o homem na Terra. Para o Espírito do selvagem, que está apenas no início da vida espiritual, a encarnação é um meio de ele desenvolver a sua inteligência; contudo, para o homem esclarecido, em quem o senso moral se acha largamente desenvolvido e que é obrigado a percorrer de novo as etapas de uma vida corpórea cheia de angústias, quando já poderia ter chegado ao fim, é um castigo, pela necessidade em que se vê de prolongar sua permanência em mundos inferiores e desgraçados.

Aquele que, ao contrário, trabalha ativamente pelo seu progresso moral, além de abreviar o tempo da encarnação material, pode também transpor de uma só vez os degraus intermédios que o separam dos mundos superiores.

Não poderiam os Espíritos encarnar uma única vez em determinado globo e preencher em esferas diferentes suas diferentes existências? Semelhante modo de ver só seria admissível se, na Terra, todos os homens estivessem exatamente no mesmo nível intelectual e moral. As diferenças que há entre eles, desde o selvagem ao homem civilizado, mostram quais os degraus que têm de subir. A encarnação, aliás, precisa ter um fim útil. Ora, qual seria o das encarnações efêmeras das crianças que morrem em tenra idade? Teriam sofrido sem proveito para si, nem para outrem. Deus, cujas leis todas são soberanamente sábias, nada faz de inútil. Pela reencarnação no mesmo globo, quis ele que os mesmos Espíritos, pondo-se novamente em contacto, tivessem ensejo de reparar seus danos recíprocos. Por meio das suas relações anteriores, quis, além disso, estabelecer sobre base espiritual os laços de família e apoiar numa lei natural os princípios da solidariedade, da fraternidade e da igualdade.

🍄🌱🍄
– Allan Kardec.
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. IV, itens 25 e 26.)
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Não tenhais medo


Filhos, não tenhais medo da vida, nas provas e surpresas do caminho; não tenhais receio do amanhã, que somente a Deus pertence.

Vivei com alegria e destemor, submissos à Vontade Divina em qualquer circunstância.

Combatei os vossos erros, todavia compreendei a necessidade de aprender a lição nos reveses a que ninguém se furta.

Colhei, resignadamente, na gleba que plantastes, sem reclamar dos espinhos que vos dilaceram as mãos que não souberam separar as urzes do bom grão.

Que a revolta silenciosa não vos amargure a existência, determinando as vossas mais veladas atitudes.

Não vos canseis de ser generosos, tolerantes e compassivos.

Amai sem esperar serdes amados.

Cumpri com as vossas obrigações pelo pão de cada dia, recordando-vos de que o Senhor alimenta os pássaros e veste os lírios do campo...

Não leveis a vida de forma leviana e inconsequente, sem atinar que as sombras que rondam os passos alheios também espreitam os vossos.

A dor que nos tira a tranquilidade é a mesma que nos possibilita tomar consciência de nossas fragilidades.

Se, de quando em quando, o sofrimento não visitasse o homem, é possível que ele jamais se interessasse pela transcendência da Vida.

Não vos permitais, pois, concessões de qualquer natureza, na satisfação dos próprios desejos.

Se a ascensão do espírito é infinita, a queda a que voluntariamente se arroja não conhece limites... Sempre haverá como descer a mais fundo, escuro e indevassável abismo de dor.

Filhos, vivei somente com a intenção de fazer o Bem, e em tudo vereis a manifestação da Sábia Providência.

Não tenhais medo e não vos enclausureis na inércia como quem retrocede e se oculta, com o pensamento de que a Vida não o encontrará, mais cedo ou mais tarde, para arrancá-lo ao comodismo e trazê-lo de volta à realidade.

🍄🌱🍄
Bezerra de Menezes
Carlos A. Bacelli
Obra: A coragem da fé
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Sinais de sabedoria


Aprende a viver sem excessos.

Desapega-te, quanto possível, dos bens materiais.

Não guardes ressentimentos.

Perdoa sem impor condições.

Acautela-te, para que não magoes ninguém.

Não crie qualquer espécie de vínculo com o mal.

Estuda sempre, sem te arraigares aos teus pontos de vista.

Conserva a mente aberta para a Verdade.

Alimenta-te de maneira frugal.

Não te exasperes.

Não percas tempo com futilidades.

Procura não fomentar discussões estéreis.

Preserva a saúde do corpo e a integridade do espírito.

Não sejas moralista.

Cultiva o hábito da alegria.

Seleciona os temas de tua conversação.

Apoia as iniciativas nobres.

Ora, age e sê paciente, convicto de que cada coisa acontece a seu tempo.

🍄🌱🍄
Irmão José
Carlos Baccelli
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Experiências


Por vezes, apresentas-te como sendo um feixe de aflições e cansaços e, por isso, declaras-te incapaz de apoiar os irmãos que sofrem; dizes-te carregando fardos pesados de imperfeições e, por esse motivo, não te encorajas a edificar o espírito alheio nas lições da fé; acreditas-te em erro e, nessa suposição, afirmas-te sem recursos para tratar dos assuntos da alma; caíste em acessos de intemperança mental, desvairando-te na irritação e, à face disso, não te crês na altura de orientar os passos alheios…

Muitos companheiros se estribam em semelhantes enunciados para desertarem do serviço a fazer.

Todavia, reflitamos, de algum modo, nessas enganosas alegações.

Se não conhecesses inquietude e fadiga, provavelmente não conseguirias ajudar aos que jazem de ombros escalavrados, sob o lenho da exaustão;

se não assinalasses os próprios defeitos, muito dificilmente registrarias o dever de amparar aos que se debatem nas sombras;

se vives absolutamente acima de quaisquer tentações, talvez não possas compreender o suplício de quantos se mergulham na dor do arrependimento;

se ainda não padeceste os constrangimentos de alguma falta cometida, é possível não saibas agir com segurança no socorro espiritual aos que carregam feridas na consciência…

Decerto que as Leis Divinas não estabelecem o erro como sendo condição para o acerto, entretanto, são tão raros, — mas efetivamente tão raros, — os Espíritos que já sabem, na Terra, conservar a virtude sem orgulho, que o Senhor nos permite a liberdade de palmilhar caminhos de sombra e luz, a fim de que através das experiências felizes e menos felizes, venhamos a adquirir mais alto nível de compreensão, de uns para com os outros.

E isso acontece, jamais para que nos afastemos da seara do bem e sim para que nos empenhemos a servir, a benefício do próximo, mais e mais, abrindo incessantemente novas fontes de misericórdia e novos refúgios de entendimento no coração.

🍄🌱🍄
Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Paz e renovação
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2 comentários:

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