quarta-feira, 10 de abril de 2024

O justo remédio


Quanto, porém, à caridade fraternal, não necessitais que vos escreva, porque já vós mesmos estais instruídos por Deus que vos ameis uns aos outros.” — Paulo. (1 TESSALONICENSES, 4.9)

Em sua missão de Consolador, recebe o Espiritismo milhares de consultas partidas de almas ansiosas, que imploram socorro e solução para diversos problemas.

Aqui, é um pai que não compreende e confia-se a sistemas cruéis de educação.

Ali, é um filho rebelde e ingrato, que foge à beleza do entendimento.

Acolá, é um amigo fascinado pelas aparências do mundo, e que abandona os compromissos com o ideal superior.

Além, é um irmão que se nega ao concurso fraterno.

Noutra parte, é o cônjuge que deserta do lar.

 Mais adiante, é o chefe de serviço, insensível e contundente.

Contudo, o remédio para a extinção desses velhos enigmas das relações humanas está indicado, há séculos, nos ensinamentos da Boa Nova.

A caridade fraternal é a chave de todas as portas para a boa compreensão.

O discípulo do Evangelho é alguém que foi admitido à presença do Divino Mestre para servir.

 A recompensa de semelhante trabalhador, efetivamente, não pode ser aguardada no imediatismo da Terra.

 Como colocar o fruto na fronde verde da plantinha nascente?

Como arrancar a obra-prima do mármore com o primeiro golpe do cinzel?

Quem realmente ama, em nome de Jesus, está semeando para a colheita na Eternidade.

Não procuremos orientação com os outros para assuntos claramente solucionáveis por nosso esforço.

Sabemos que não adianta desesperar ou amaldiçoar…

Cada Espírito possui o roteiro que lhe é próprio.

 Saibamos caminhar, portanto, na senda que a vida nos oferece, sob a luz da caridade fraternal, hoje e sempre.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Fonte viva
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10 de abril

Você faz a sua vida.

Por que não encontrar o melhor em cada situação e aproveitar cada momento, sem se importar com o lugar que você está ou com o que está fazendo?

Não perca tempo e energia desejando estar em outro lugar, fazendo outra coisa.

Você pode não compreender sempre porque está fazendo aquilo, naquele momento, mas pode estar certo que sempre há uma boa razão e uma lição a ser aprendida.

Não lute contra, mas descubra qual é a lição e aprenda-a bem depressa para poder seguir em frente.

Você não gostaria de permanecer estático, não é?

Parando de resistir e simplesmente aceitando, aprendendo e incorporando as lições, você verá que a vida ficará mais simples e você apreciará as mudanças que irão acontecer.

Uma planta não resiste ao crescimento e às mudanças; simplesmente flui e desabrocha perfeitamente.

Por que você não faz o mesmo?

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

A desgraça real

Toda a gente fala da desgraça, toda a gente já a sentiu e julga conhecer-lhe o caráter múltiplo. Venho eu dizer-vos que quase toda a gente se engana e que a desgraça real não é, absolutamente, o que os homens, isto é, os desgraçados, o supõem. Eles a vêem na miséria, no fogão sem lume, no credor que ameaça, no berço de que o anjo sorridente desapareceu, nas lágrimas, no féretro que se acompanha de cabeça descoberta e com o coração despedaçado, na angústia da traição, na desnudação do orgulho que desejara envolver-se em púrpura e mal oculta a sua nudez sob os andrajos da vaidade. A tudo isso e a muitas coisas mais se dá o nome de desgraça, na linguagem humana. Sim, é desgraça para os que só vêem o presente; a verdadeira desgraça, porém, está nas conseqüências de um fato, mais do que no próprio fato. Dizei-me se um acontecimento, considerado ditoso na ocasião, mas que acarreta conseqüências funestas, não é, realmente, mais desgraçado do que outro que a princípio causa viva contrariedade e acaba produzindo o bem. Dizei-me se a tempestade que vos arranca as arvores, mas que saneia o ar, dissipando os miasmas insalubres que causariam a morte, não é antes uma felicidade do que uma infelicidade.

Para julgarmos de qualquer coisa, precisamos ver-lhe as conseqüências. Assim, para bem apreciarmos o que, em realidade, é ditoso ou inditoso para o homem, precisamos transportar-nos para além desta vida, porque é lá que as conseqüências se fazem sentir. Ora, tudo o que se chama infelicidade, segundo as acanhadas vistas humanas, cessa com a vida corporal e encontra a sua compensação na vida futura.

Vou revelar-vos a infelicidade sob uma nova forma, sob a forma bela e florida que acolheis e desejais com todas as veras de vossas almas iludidas. A infelicidade é a alegria, é o prazer, é o tumulto, é a vã agitação, é a satisfação louca da vaidade, que fazem calar a consciência, que comprimem a ação do pensamento, que atordoam o homem com relação ao seu futuro. A infelicidade é o ópio do esquecimento que ardentemente procurais conseguir.

Esperai, vós que chorais! Tremei, vós que rides, pois que o vosso corpo está satisfeito! A Deus não se engana; não se foge ao destino; e as provações, credoras mais impiedosas do que a matilha que a miséria desencadeia, vos espreitam o repouso ilusório para vos imergir de súbito na agonia da verdadeira infelicidade, daquela que surpreende a alma amolentada pela indiferença e pelo egoísmo.

Que, pois, o Espiritismo vos esclareça e recoloque, para vós, sob verdadeiros prismas, a verdade e o erro, tão singularmente deformados pela vossa cegueira! Agireis então como bravos soldados que, longe de fugirem ao perigo, preferem as lutas dos combates arriscados à paz que lhes não pode dar glória, nem promoção! Que importa ao soldado perder na refrega armas, bagagens e uniforme, desde que saia vencedor e com glória? Que importa ao que tem fé no futuro deixar no campo de batalha da vida a riqueza e o manto de carne, contanto que sua alma entre gloriosa no reino celeste?

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— Delfina de Girardin. (Paris, 1861.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, item 24.)
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Teu Gênio


Passa a examinar o teu gênio e verifica a tua conduta dentro do teu lar, porque a doença moral se cura com a nossa auto-educação; somos médicos de nós mesmos e senhores de nosso destino, depois de Deus. Quem não se conhece, distinguindo o mau gênio que possui? Quem não se conhece,
distinguindo a natureza que tem? Confere todos os dias o que fazes da vida, diante dos teus e da tua consciência, e vê com Jesus o que deves fazer para o teu próprio bem.

“Conhece-te a ti mesmo”, fala milenária de um sábio, que vigora na eternidade. Quem conhece a si mesmo, sabe o que fazer da vida e nunca se esquece da educação - versus disciplina - por onde quer que seja. Luta contigo mesmo, nas horas em que faltar a tua vigilância, e procura corrigir as tuas fraquezas, para que alguém veja que estás te esforçando no teu aprimoramento. Existem três mundos conjugados uns com os outros, que pedem harmonia: tua vida, teu lar e a humanidade.

Queiramos ou não, estamos ligados por laços divinos e humanos, onde a seiva da vida corre e nos sustenta a todos. Daí parte a necessidade de vivermos em paz com todas as criaturas, de respeitá-las nos seus direitos, pela aplicação dos nossos deveres. Se dizes que o teu gênio é esse mesmo, que nasceste com ele, te enganas; estás em uma escola onde as leis são os professores e a dor, a corrigenda, que por vezes usa a violência. Se não aceitas a ordem estabelecida pela divindade, coopera contigo mesmo, difundindo e usando o amor pelos processos mais simples da natureza, para que a paz te procure. O teu gênio pode ser mudado, desde que seja para melhor; torna a analisar o que fazes das horas, rememora à noite o que fizeste durante o dia e, se a consciência em Cristo não aprovar, muda, e torna a mudar quantas vezes forem necessárias, até que o coração, aliando-se à
inteligências sinta a tranquilidade imperturbável. Tem confiança em Deus, porque Ele é Deus de
Amor e Fonte Criadora de todas as vidas - a Vida Universal.

A palavra chave por excelência é Cristo, Pastor insuperável, Enviado de Deus, como se fosse a presença do próprio Pai, personificação do Amor entre as criaturas. Ele, o Mestre, para quem entende a Sua vinda à Terra, veio e nunca se foi; está conosco e ficará eternamente, vibrando em nossos corações, pela herança de luz que nos deixou a todos. Na filosofia divina Ele Se dividiu, pela quantidade de almas que existem e entrou em todos os corações, onde mora, doando vida, pela misericórdia do Senhor. Basta descobri-Lo, sentindo a Sua presença e dela desfrutarmos a felicidade.

Estamos batendo nesta casa; abre, meu filho, as portas, para que nela se acenda a luz do Evangelho, e despertem em teu coração os talentos da verdade, e a paz reine em toda a tua família e em vossos corações.

Se o teu gênio for bom, aprimora mais essas qualidades; se já aprimoraste, torna a melhorar a tua vida; o progresso é eterno e a vida continua em todas as direções, porque Deus é eterno e nós outros, todos os Seus filhos, vivemos na eternidade com Ele. Desejamos, para a tu a casa e o teu coração, a paz do teu gênio e a paz de Cristo, na luz de Deus.

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Ayres
João Nunes Maia
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Um comentário:

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