sábado, 22 de fevereiro de 2025

Revele-se


Nas lutas habituais, não exija a educação do companheiro.
Demonstre a sua.

Nas tarefas do Bem, não aguarde colaboração.
Colabore, por sua vez, antes de tudo.

Nos trabalhos comuns, não clame pelo esforço alheio.
Mostre sua boa-vontade.

Nos serviços de compreensão, não peça para que seu vizinho suba até você.
Aprenda a descer até ele e ajude-o.

No desempenho dos deveres cristãos, não aguarde recursos externos para cumpri-los.
O melhor patrimônio que você pode dar às boas obras é o seu próprio coração.

No trato vulgar da vida, não espere que seu irmão revele qualidades excelentes.
Expresse os dons elevados que você já possui.

Em toda criatura terrestre, há luz e sombra.
Destaque sua nobreza para que a nobreza do próximo venha ao seu encontro.

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André Luiz
Chico Xavier
Obra: Agenda cristã
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22 de fevereiro

Seja você mesmo, não tente ser como outra pessoa.

São necessários todos os tipos para se fazer um mundo.

Eu não quero que todos sejam iguais.

Eu necessito de vocês diferentes uns dos outros, cada um fazendo seu trabalho específico, cumprindo sua tarefa, mas, ao mesmo tempo, se misturando perfeitamente ao todo.

O fato de vocês serem todos diferentes não significa que haverá discórdia ou desarmonia.

São necessários muitos instrumentos diferentes para se compor uma orquestra e cada um tem seu lugar específico no todo e se funde em perfeita harmonia ao trabalho do todo.

Caos e discórdia surgem quando um indivíduo resolve agir por seus próprios parâmetros, sem pensamentos ou consideração pelo todo.

Quando seu coração está no lugar certo e você está vivendo e trabalhando em conjunto pelo bem do todo, somente o melhor poderá advir.

Portanto, pare de resistir e se entregue.

Tudo o que você tem a fazer é simplesmente ser e deixar que as coisas aconteçam.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Os órfãos

Meus irmãos, amai os órfãos. Se soubésseis quanto é triste ser só e abandonado, sobretudo na infância! Deus permite que haja órfãos, para exortar-nos a servir-lhes de pais.

Que divina caridade amparar uma pobre criaturinha abandonada, evitar que sofra fome e frio, dirigir-lhe a alma, a fim de que não desgarre para o vício!

Agrada a Deus quem estende a mão a uma criança abandonada, porque compreende e pratica a sua lei.

Ponderai também que muitas vezes a criança que socorreis vos foi cara noutra encarnação, caso em que, se pudésseis lembrar-vos, já não estaríeis praticando a caridade, mas cumprindo um dever.

Assim, pois, meus amigos, todo sofredor é vosso irmão e tem direito à vossa caridade: não, porém, a essa caridade que magoa o coração, não a essa esmola que queima a mão em que cai, pois freqüentemente bem amargos são os vossos óbolos!

Quantas vezes seriam eles recusados, se na choupana a enfermidade e a miséria não os estivessem esperando!

Dai delicadamente, juntai ao benefício que fizerdes o mais precioso de todos os benefícios: o de uma boa palavra, de uma carícia, de um sorriso amistoso. Evitai esse ar de proteção, que equivale a revolver a lâmina no coração que sangra e considerai que, fazendo o bem, trabalhais por vós mesmos e pelos vossos.

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— Um Espírito familiar. (Paris, 1860.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIII, item 18.)
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O DOM DIVINO


Antigo devoto, extremamente apaixonado pelo Senhor, mantinha consigo o velho desejo de encontrá-lo, afagá-lo e ser-lhe útil.

“Oh! se pudesse viver na intimidade do Mestre” – pensava em êxtase – “tudo faria por rodeá-lo de cooperação e carinho..”

Por isso mesmo buscava cultivar todas as virtudes e aperfeiçoar todas as qualidades nobres, a fim de
oferecer-lhe dons perfeitos.

Entre esperanças e orações, seguia a esteira infinita do tempo, aguardando o instante sublime de identificar-se com Jesus, quando, num sonho prodigioso, viu que o Senhor o visitava, acompanhando de sublime cortejo. O carro fulgurante do Rei do mundo vinha ladeado de Arcanjos e Tronos, ostentando flores e estrelas do Paraíso.

Maravilhado, o crente demandou o interior da casa, procurando joias com que pretendia mimosear o
Divino Amigo.

Não encontrou, porém, o ouro e a prata, as rosas e os perfumes, com os quais esperava render-lhe culto.

Em lugar deles, no entanto, reparou, espantado, que as suas virtudes se haviam materializado em vasos simbólicos. Tentou escolher dentre eles alguma preciosidade com que pudesse atender ao próprio coração, mas notou que o seu amor estava representado por uma candeia sem óleo, a sua paciência era um prato fendido, que a sua fé exprimia-se numa ânfora enlameada, que a sua caridade era um jarro vistoso e vazio e outras virtudes como, por exemplo, a humanidade e o entendimento fraterno, nem chegavam a aparecer...

Desapontado e pesaroso por não haver encontrado algum recurso, de modo a satisfazer-se, o devoto
reconheceu que não passava de miserável mendigo, incapaz de uma oferta condigna ao Visitante Celestial.

Quis fugir, escondendo a própria indigência, todavia, surpreendido pelo Mestre que o abraçava, bondoso, clamou em lágrimas:

- Eterno Benfeitor, perdoa-me a pobreza! Nada tenho para expressar-te o meu carinho!... Minhas virtudes não passam de baixelas desprezíveis..

Jesus complementou as alfaias expostas, sorriu e falou, sereno:

- Realmente, as qualidades edificantes que o reino do Todo-Poderoso espera de nós revelam-se em construção, no terreno de tua alma. É imprescindível que o tempo te aprimore os talentos imortais. Entretanto, trazes contigo o dom divino oculto em todas as criaturas. É por ele que a Obra de Deus se aperfeiçoa na Terra. Usando-o pode colaborar comigo em toda parte, sentificando-te, cada vez mais, para a glória do paraíso.

E por que o discípulo indagasse, entre aflito e jubiloso, o Mestre completou:

- É o dom do servir, indistintamente. Ajuda-me a velar pelos homens, pela vida, pela natureza... Auxilia comigo ao ignorante e ao doente, ao velho e à criancinha, ao animal e à erva tenra. A qualquer criatura ou a qualquer coisa que ofereças o bem é a mim mesmo que o fazes...

O devoto quis falar, traduzindo a imensa ventura que lhe banhava a lama toda, ante a lição recebida,
mas, ao murmúrio do vento, que parecia chamá-lo ao trabalho, fora do aconchego doméstico, despertou no leito macio e começou a pensar.

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IRMÃO X
Chico Xavier
Obra: Cartas do coração
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