terça-feira, 13 de março de 2018

Paciência e serviço


Paciência não é inatividade.

Será um estado de compreensão, já que não dispomos de palavras para defini-la. Compreensão com espírito de serviço, capaz de aceitar as dificuldades da existência, com o dever de cooperar para que desapareçam.

A vida nos propõe variados desafios, com a finalidade de descobrir as nossas qualidades potenciais e desenvolvê-las para que venhamos a realizar o melhor, em benefício dos outros. Isso ocorre porque auxiliar aos que nos compartilhem da estrada é sempre angariar apoio a nós mesmos. 

“Tenhamos paciência”: duas palavras que não nos indicam a indiferença, e sim, nos procuram o ânimo para colaborar sem alarde na extinção dos tropeços com que sejamos defrontados. 

Se te encontras à frente de provações inevitáveis,  aceita-as por amor a ti mesmo, a fim de que não se ampliem em detrimento de tua própria paz. 

Quanto se te faça possível, não te revoltes, nem te encolerizes, ante os entraves do caminho. 

O parente difícil, a doença em família ou no próprio corpo, o prejuízo inesperado, a pessoa querida 
que se afasta de nós, a incompreensão alheia ou o trabalho dobrado, são testes para a superação dos 
limites espirituais em que estejamos vivendo.

Segue na estrada que a vida te traçou, sem marginalizar-te em desânimo ou rebeldia.

A paciência não é almofada para que nos entreguemos ao sono da inércia, e sim, uma escora segura para que aprendamos a caminhar.
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Emmanuel
Chico Xavier



MENSAGEM DO ESE:
O divórcio


O divórcio é lei humana que tem por objeto separar legalmente o que já, de fato, está separado. Não é contrário à lei de Deus, pois que apenas reforma o que os homens hão feito e só é aplicável nos casos em que não se levou em conta a lei divina. Se fosse contrario a essa lei, a própria Igreja seria obrigada a considerar prevaricadores aqueles de seus chefes que, por autoridade própria e em nome da religião, hão imposto o divórcio em mais de uma ocasião. E dupla seria aí a prevaricação, porque, nesses casos, o divórcio há objetivado unicamente interesses materiais e não a satisfação da lei de amor.

Mas, nem mesmo Jesus consagrou a indissolubilidade absoluta do casamento. Não disse ele: “Foi por causa da dureza dos vossos corações que Moisés permitiu despedísseis vossas mulheres?” Isso significa que, já ao tempo de Moisés, não sendo a afeição mútua a única determinante do casamento, a separação podia tornar-se necessária. Acrescenta, porém: “no princípio, não foi assim”, isto é, na origem da Humanidade, quando os homens ainda não estavam pervertidos pelo egoísmo e pelo orgulho e viviam segundo a lei de Deus, as uniões, derivando da simpatia, e não da vaidade ou da ambição, nenhum ensejo davam ao repúdio.

Vai mais longe: especifica o caso em que pode dar-se o repúdio, o de adultério. Ora, não existe adultério onde reina sincera afeição recíproca. É verdade que ele proíbe ao homem desposar a mulher repudiada; mas, cumpre se tenham em vista os costumes e o caráter dos homens daquela época. A lei mosaica, nesse caso, prescrevia a lapidação. Querendo abolir um uso bárbaro, precisou de uma penalidade que o substituísse e a encontrou no opróbrio que adviria da proibição de um segundo casamento. Era, de certo modo, uma lei civil substituída por outra lei civil, mas que, como todas as leis dessa natureza, tinha de passar pela prova do tempo.
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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXII, item 5.)

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