quarta-feira, 9 de maio de 2018

A Reforma Íntima


Ninguém pode ter Deus como Pai se não tiver o outro como irmão.

Nosso caminho será de luz ou de treva, segundo a nossa capacidade de nos amar na hora de fazer a escolha entre o joio ou o trigo, do caminho de luta ou os braços enganadores da ilusão.

Quem se ama, cuida de si, oferecendo para si o melhor que puder, por meio do estudo e do serviço que presta aqueles que estão ao seu redor e passam pelo seu caminho.

Sem reforma íntima, sem lutas interiores, sem trabalho no bem, sem transformações de tendências interiores, sem serviço no Bem, sem tolerância, sem perseverança, sem solidariedade não poderemos
colher a felicidade que é a melhor parte do Bem e do Bom.

O segredo da vida é a caridade, não só a caridade material, mas, sobretudo, a caridade moral e espiritual de domar as nossas más inclinações e de demonstrarmos a nossa capacidade de perdoar, compreender, servir e passar anonimamente pelo mundo, sem deixar marcas, rastros ou sinais para que nos identifiquem.

É agir como na parábola do Cristo:  que a mão esquerda não saiba o que faz a direita, isto é, que o benfeitor nunca possa identificar o seu beneficiado e vice-versa, para que ninguém fica a dever ou se sinta humilhado.

Se assim fizermos, seremos realmente felizes. 
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(Nelson Pedro)




MENSAGEM DO ESE:
Mundos de expiações e provas

Que vos direi dos mundos de expiações que já não saibais, pois basta observeis o em que habitais? A superioridade da inteligência, em grande número dos seus habitantes, indica que a Terra não é um mundo primitivo, destinado à encarnação dos Espíritos que acabaram de sair das mãos do Criador. As qualidades inatas que eles trazem consigo constituem a prova de que já viveram e realizaram certo progresso. Mas, também, os numerosos vícios a que se mostram propensos constituem o índice de grande imperfeição moral. Por isso os colocou Deus num mundo ingrato, para expiarem aí suas faltas, mediante penoso trabalho e misérias da vida, até que hajam merecido ascender a um planeta mais ditoso.
Entretanto, nem todos os Espíritos que encarnam na Terra vão para aí em expiação. As raças a que chamais selvagens são formadas de Espíritos que apenas saíram da infância e que na Terra se acham, por assim dizer, em curso de educação, para se desenvolverem pelo contacto com Espíritos mais adiantados. Vêm depois as raças semicivilizadas, constituídas desses mesmos os Espíritos em via de progresso. São elas, de certo modo, raças indígenas da Terra, que aí se elevaram pouco a pouco em longos períodos seculares, algumas das quais hão podido chegar ao aperfeiçoamento intelectual dos povos mais esclarecidos.
Os Espíritos em expiação, se nos podemos exprimir dessa forma, são exóticos, na Terra; já tiveram noutros mundos, donde foram excluídos em conseqüência da sua obstinação no mal e por se haverem constituído, em tais mundos, causa de perturbação para os bons. Tiveram de ser degredados, por algum tempo, para o meio de Espíritos mais atrasados, com a missão de fazer que estes últimos avançassem, pois que levam consigo inteligências desenvolvidas e o gérmen dos conhecimentos que adquiriram. Daí vem que os Espíritos em punição se encontram no seio das raças mais inteligentes. Por isso mesmo, para essas raças é que de mais amargor se revestem os infortúnios da vida. É que há nelas mais sensibilidade, sendo, portanto, mais provadas pelas contrariedades e desgostos do que as raças primitivas, cujo senso moral se acha mais embotado.
A Terra, conseguintemente, oferece um dos tipos de mundos expiatórios, cuja variedade é infinita, mas revelando todos, como caráter comum, o servirem de lugar de exílio para Espíritos rebeldes à lei de Deus. Esses Espíritos tem aí de lutar, ao mesmo tempo, com a perversidade dos homens e com a inclemência da Natureza, duplo e árduo trabalho que simultaneamente desenvolve as qualidades do coração e as da inteligência. É assim que Deus, em sua bondade, faz que o próprio castigo redunde em proveito do progresso do Espírito. – Santo Agostinho. (Paris, 1862.)



(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. III, itens 13 a 15.)



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