segunda-feira, 7 de maio de 2018

QUEM É VOCÊ?

Dificilmente você será uma pessoa feliz sem que antes se conheça na palma da mão. Se ainda não sabe quem é, como você poderá saber para onde vai e o que quer de fato da vida? Se não aprendeu a lidar consigo mesmo, como pretende lidar com o próximo? Se ainda não consegue identificar seus pontos fortes e fracos, como almejar a vitória sobre qualquer coisa?

Muitas pessoas andam por caminhos equivocados exatamente por não se conhecerem; não sabem as reais necessidades do seu espírito. Para quem está perdido, qualquer caminho serve.

Cada espírito é uma individualidade própria, portanto diferente dos demais, nem melhor, nem pior, simplesmente diferente.

E você precisa descobrir quem de fato é. Não tenha medo dessa viagem interior, nenhum monstro o aguarda nas profundezas da sua alma. Há um tesouro escondido no universo do seu mundo íntimo, é a centelha divina que habita em você esperando ser descoberta, trabalhada e amada como toda criatura de Deus merece ser.

Seja tão curioso por si mesmo quanto tem sido em relação à vida alheia. De preferência, a cada dia gaste mais tempo investigando a si mesmo e deixando de lado aquilo que somente diz respeito ao outro.

Reserve espaços no seu dia para o autoconhecimento. Faça perguntas para si mesmo, dialogue consigo e responda para si mesmo: quem você é, do que você gosta, o que não aprecia, o que lhe faz bem e o que lhe desagrada. Jamais porém, faça esse mergulho interior para se condenar. Você jamais será amigo de si mesmo se não tiver humildade suficiente para aceitar-se como é.

Autoconhecimento deve ser algo prazeroso, não um jogo de tortura. Isso não quer dizer que você deixará de ver aspectos sombrios da sua personalidade. No entanto, jamais estará de pedras na mão para se agredir. Só o amor é capaz de iluminar a sombra interior e transformar nossos ponto escuros em pontos de luz.

Qualquer tentativa de reforma íntima que leve o indivíduo a cair em culpa e aniquilar a auto-estima não passa de um processo perverso, pois só o amor é capaz de gerar transformações verdadeiras em nosso modo de agir. O mal produz medo, insegurança, revolta, enfim, gera mal-estar.

Diante de algum fato significativo, reflita sobre os motivos pelos quais você agiu dessa ou daquela forma. Freqüentemente nos comportamos sob o impulso de melindres, raivas, medos, culpas e mágoas, cujos sentimentos estão arquivados nas camadas mais profundas do nosso ser. Sem que se conheça a fundo, você não se libertará desses espinhos da alma e jamais terá domínio sobre si mesmo, permanecendo refém da própria sombra.

Afirmou Jesus: "conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará." (João, 8:32). Essa verdade também está no âmago do nosso ser, pois as Leis Divinas estão gravadas em nossa consciência. Consultar a consciência é ouvir a voz de Deus falando dentro de nós.
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José Carlos de Lucca



MENSAGEM DO ESE:
A cólera (II)

Segundo a idéia falsíssima de que lhe não é possível reformar a sua própria natureza, o homem se julga dispensado de empregar esforços para se corrigir dos defeitos em que de boa-vontade se compraz, ou que exigiriam muita perseverança para serem extirpados. É assim, por exemplo, que o indivíduo, propenso a encolerizar-se, quase sempre se desculpa com o seu temperamento. Em vez de se confessar culpado, lança a culpa ao seu organismo, acusando a Deus, dessa forma, de suas próprias faltas. É ainda uma conseqüência do orgulho que se encontra de permeio a todas as suas imperfeições.
Indubitavelmente, temperamentos há que se prestam mais que outros a atos violentos, como há músculos mais flexíveis que se prestam melhor aos atos de força. Não acrediteis, porém, que aí resida a causa primordial da cólera e persuadi-vos de que um Espírito pacífico, ainda que num corpo bilioso, será sempre pacífico, e que um Espírito violento, mesmo num corpo linfático, não será brando; somente, a violência tomará outro caráter. Não dispondo de um organismo próprio a lhe secundar a violência, a cólera tornar-se-á concentrada, enquanto no outro caso será expansiva.
O corpo não dá cólera àquele que não na tem, do mesmo modo que não dá os outros vícios. Todas as virtudes e todos os vícios são inerentes ao Espírito. A não ser assim, onde estariam o mérito e a responsabilidade? O homem deformado não pode tornar-se direito, porque o Espírito nisso não pode atuar; mas, pode modificar o que é do Espírito, quando o quer com vontade firme. Não vos mostra a experiência, a vós espíritas, até onde é capaz de ir o poder da vontade, pelas transformações verdadeiramente miraculosas que se operam sob as vossas vistas? Compenetrai-vos, pois, de que o homem não se conserva vicioso, senão porque quer permanecer vicioso; de que aquele que queira corrigir-se sempre o pode. De outro modo, não existiria para o homem a lei do progresso. Hahnemann. (Paris, 1863.)

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. IX, item 10.)



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