sexta-feira, 1 de junho de 2018

ACORDA E VIVE



Espiritualmente falando, a Terra, para os grandes seres que já se evangelizaram, oferece o espetáculo de berçário imenso onde o espírito humano continua dormindo na infantilidade que lhe caracteriza a evolução iniciante.

Os homens, quase todos, estáticos ou cristalizados na ignorância, imitam os sonâmbulos hipnotizados pelas próprias criações. 

Aqui, alguém sonha ostentando ilusório manto de dominação, acolá, alguém passa, á maneira de autônomo infeliz, acreditando-se mendigo.

Além, um homem comum, que apenas consegue realizar magra refeição por dia, estabelece imensos monopólios de farinha ou de azeite, vitimado pela loucura de amontoar utilidades sem proveito justo; mais além, uma criatura vulgar, que somente vestirá um costume de cada vez, açambarca o mercado de algodão ou o comércio de lã, supondo-se capaz de consumir sozinho o suprimento destinado a milhões.

Há quem administre os bens públicos, julgando-se exclusivo senhor deles, e há quem desperdice as próprias forças, deliberadamente, presumindo na saúde um caminho para a própria destruição.
É por isso que quase todos, enquanto na Terra, centralizamos a atenção no próximo, olvidando a nós mesmos.

Quando nos desvencilhamos, porém, das teias da ociosidade mental que nos anestesia, observamos que a vida apenas pede visão, a fim de descerrar-nos o luminoso roteiro para os cimos que nos compete atingir e, então, se nos dispomos realmente a ver, identificamos em derredor de nós, a sementeira e a seara de luz, à espera de nosso esforço no bem para conferir-nos paz e sublimação.

Se a dor te visita, se a indagação te convoca ao conhecimento, se a curiosidade te convida à reforma íntima e se o mundo te solicita renovação, recorda que o Senhor terá reconhecido o teu amadurecimento para a vida que nunca morre e te procura ao necessário despertamento.

Acorda e vive para a realidade que nos rodeia.

Acorda e serve e servindo, encontrarás a ti mesmo em nível mais alto, entretecendo as próprias asas para o voo excelso no rumo da imperecível libertação.
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 Emmanuel 
Chico Xavier 




MENSAGEM DO ESE:
Limites da encarnação
Quais os limites da encarnação?


A bem dizer, a encarnação carece de limites precisamente traçados, se tivermos em vista apenas o envoltório que constitui o corpo do Espírito, dado que a materialidade desse envoltório diminui à proporção que o Espírito se purifica. Em certos mundos mais adiantados do que a Terra, já ele é menos compacto, menos pesado e menos grosseiro e, por conseguinte, menos sujeito a vicissitudes. Em grau mais elevado, é diáfano e quase fluídico. Vai desmaterializando-se de grau em grau e acaba por se confundir com o perispírito. Conforme o mundo em que é levado a viver, o Espírito reveste o invólucro apropriado à natureza desse mundo.
O próprio perispírito passa por transformações sucessivas. Torna-se cada vez mais etéreo, até à depuração completa, que é a condição dos puros Espíritos. Se mundos especiais são destinados a Espíritos de grande adiantamento, estes últimos não lhes ficam presos, como nos mundos inferiores. O estado de desprendimento em que se encontram lhes permite ir a toda parte onde os chamem as missões que lhes estejam confiadas.
Se se considerar do ponto de vista material a encarnação, tal como se verifica na Terra, poder-se-á dizer que ela se limita aos mundos inferiores. Depende, portanto, de o Espírito libertar-se dela mais ou menos rapidamente, trabalhando pela sua purificação.
Deve também considerar-se que no estado de desencarnado, isto é, no intervalo das existências corporais, a situação do Espírito guarda relação com a natureza do mundo a que o liga o grau do seu adiantamento. Assim, na erraticidade, é ele mais ou menos ditoso, livre e esclarecido, conforme está mais ou menos desmaterializado. – São Luís. (Paris, 1859.)



(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. IV, item 24.)



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