quarta-feira, 30 de maio de 2018

O AMIGO JESUS




Não deixe que Jesus seja para você apenas uma figura histórica. Ele quer fazer parte da história da sua vida, por isso acompanha todos os passos da sua existência. Não pense que o Mestre se encontra apenas nas esferas resplandecentes, pois seu imenso amor está presente sempre que alguém derrama alguma lágrima de aflição ou arrependimento.

Seria bom se as luzes do Natal enfeitassem o nosso coração todos os dias do ano.

Não nos esqueçamos a promessa feita por Jesus de que ele estaria todos os dias conosco até o fim dos tempos. Você não acha que Jesus seria capaz de prometer e não cumprir, não é mesmo?

Mas não basta saber que Jesus estará conosco. Precisamos nos indagar se também queremos estar com Jesus.

De nada vale carregarmos o crucifixo no peito se não aceitamos a cruz dos testemunhos que nos compete carregar. De pouca valia são as lágrimas que derramamos diante da coroa de espinhos se ainda somos incapazes de aceitar algumas alfinetadas de irmãos ignorantes das verdades espirituais que já sabemos.

Não isole o Nazareno no templo de sua fé ou nas fileiras da sua religião. Ele com certeza não é católico, nem protestante, tampouco espírita. A única igreja que Jesus fundou foi a do amor ao próximo como a si mesmo, condição maior para a felicidade na Terra e no Além.

Por isso Jesus é o companheiro fiel de todos aqueles que andam pelas estradas do amor, independentemente se professam ou não alguma religião. Para o Mestre, mais importante do que a religião é a nossa religiosidade.

A humanidade está carente não de homens que falem de amor, mas de homens que vivam o amor. Jesus foi a máxima exemplificação do amor.

Ele não publicou livro algum, mas escreveu em nosso coração a mais linda história de amor e doação que a humanidade conheceu.

Não fundou escolas, porém se apresentou como o mais excelente Mestre do Espírito.

Não exerceu poder político algum, contudo lavou os pés de seus discípulos ensinando-nos que servir é mais importante do que ser servido.

Não foi médico, todavia curou a muitos despertando a fé em cada um dos enfermos.

Se você procura por Jesus, o meio mais fácil de encontrá-lo será amando o seu próximo, sobretudo aquele que não pode lhe retribuir com nem um centavo sequer. Talvez ele passe hoje mesmo em sua casa disfarçado de mendigo pedindo um prato de comida. Ou quem sabe ele estará num leito de hospital aguardando que você visite um desconhecido abandonado pelos familiares.

Ainda será possível encontrar Jesus escondido nos orfanatos junto aos berços de crianças esquálidas ou mesmo nos asilos aos pés da cama de idosos sujos e fedorentos.

Mas se ainda não ir tão longe, é provável que encontre Jesus em seu próprio lar, bem ao lado daquele familiar de difícil trato que você se recusa a aceitar.

Todavia, se estiver sem forças para ir a lugar algum, mergulhe fundo no seu coração e encontre Jesus de braços abertos para você, convidando-o a sair agora mesmo do martírio do egoísmo para a felicidade de amar e servir.
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José C. De Lucca





MENSAGEM DO ESE:
Indissolubilidade do casamento

Também os fariseus vieram ter com ele para o tentarem e lhe disseram: Será permitido a um homem despedir sua mulher, por qualquer motivo? Ele respondeu: Não lestes que aquele que criou o homem desde o princípio os criou macho e fêmea e disse: Por esta razão, o homem deixará seu pai e sua mãe e se ligará à sua mulher e não farão os dois senão uma só carne? — Assim, já não serão duas, mas uma só carne. Não separe, pois, o homem o que Deus juntou.

Mas, por que então, retrucaram eles, ordenava Moisés que o marido desse à sua mulher um escrito de separação e a despedisse? — Jesus respondeu: Foi por causa da dureza do vosso coração que Moisés permitiu despedísseis vossas mulheres; mas, no começo, não foi assim. — Por isso eu vos declaro que aquele que despede sua mulher, a não ser em caso de adultério, e desposa outra, comete adultério; e que aquele que desposa a mulher que outro despediu também comete adultério. (S. MATEUS, cap. XIX, vv. 3 a 9.)

Imutável só há o que vem de Deus. Tudo o que é obra dos homens está sujeito a mudança. As leis da Natureza são as mesmas em todos os tempos e em todos os países. As leis humanas mudam segundo os tempos, os lugares e o progresso da inteligência. No casamento, o que é de ordem divina é a união dos sexos, para que se opere a substituição dos seres que morrem; mas, as condições que regulam essa união são de tal modo humanas, que não há, no inundo inteiro, nem mesmo na cristandade, dois países onde elas sejam absolutamente idênticas, e nenhum onde não hajam, com o tempo, sofrido mudanças. Daí resulta que, em face da lei civil, o que é legítimo num país e em dada época, é adultério noutro país e noutra época, isso pela razão de que a lei civil tem por fim regular os interesses das famílias, interesses que variam segundo os costumes e as necessidades locais. Assim é, por exemplo, que, em certos países, o casamento religioso é o único legítimo; noutros é necessário, além desse, o casamento civil; noutros, finalmente, este último casamento basta.

Mas, na união dos sexos, a par da lei divina material, comum a todos os seres vivos, há outra lei divina, imutável como todas as leis de Deus, exclusivamente moral: a lei de amor. Quis Deus que os seres se unissem não só pelos laços da carne, mas também pelos da alma, a fim de que a afeição mútua dos esposos se lhes transmitisse aos filhos e que fossem dois, e não um somente, a amá-los, a cuidar deles e a fazê-los progredir. Nas condições ordinárias do casamento, a lei de amor é tida em consideração? De modo nenhum. Não se leva em conta a afeição de dois seres que, por sentimentos recíprocos, se atraem um para o outro, visto que, as mais das vezes, essa afeição é rompida. O de que se cogita, não é da satisfação do coração e sim da do orgulho, da vaidade, da cupidez, numa palavra: de todos os interesses materiais. Quando tudo vai pelo melhor consoante esses interesses, diz-se que o casamento é de conveniência e, quando as bolsas estão bem aquinhoadas, diz-se que os esposos igualmente o são e muito felizes hão de ser.

Nem a lei civil, porém, nem os compromissos que ela faz se contraiam podem suprir a lei do amor, se esta não preside à união, resultando, freqüentemente, separarem-se por si mesmos os que à força se uniram; torna-se um perjúrio, se pronunciado como fórmula banal, o juramento feito ao pé do altar. Daí as uniões infelizes, que acabam tornando-se criminosas, dupla desgraça que se evitaria se, ao estabelecerem-se as condições do matrimônio, se não abstraísse da única que o sanciona aos olhos de Deus: a lei de amor. Ao dizer Deus: “Não sereis senão uma só carne”, e quando Jesus disse: “Não separeis o que Deus uniu”, essas palavras se devem entender com referência à união segundo a lei imutável de Deus e não segundo a lei mutável dos homens.

Será então supérflua a lei civil e dever-se-á volver aos casamentos segundo a Natureza? Não, decerto. A lei civil tem por fim regular as relações sociais e os interesses das famílias, de acordo com as exigências da civilização; por isso, é útil, necessária, mas variável. Deve ser previdente, porque o homem civilizado não pode viver como selvagem; nada, entretanto, nada absolutamente se opõe a que ela seja um corolário da lei de Deus. Os obstáculos ao cumprimento da lei divina promanam dos prejuízos e não da lei civil. Esses prejuízos, se bem ainda vivazes, já perderam muito do seu predomínio no seio dos povos esclarecidos; desaparecerão com o progresso moral que, por fim, abrirá os olhos aos homens para os males sem conto, as faltas, mesmo os crimes que decorrem das uniões contraídas com vistas unicamente nos interesses materiais. Um dia perguntar-se-á o que é mais humano, mais caridoso, mais moral: se encadear um ao outro dois seres que não podem viver juntos, se restituir-lhes a liberdade; se a perspectiva de uma cadeia indissolúvel não aumenta o número de uniões irregulares.
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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXII, itens 1 a 4.)


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