sexta-feira, 5 de agosto de 2022

Revisão e reajuste



TEMA — Retorno às tarefas de construção espiritual.

Não afirmes que já não dispões de recursos para a revisão e o reajuste da tarefa edificante que te assegura o acesso à Espiritualidade Superior. Detém-te, sobretudo, a refletir na bondade da Divina Providência que não apenas te aceita os votos de melhoria, mas também te concede os valores do tempo, lembrando, de algum modo, a organização bancária generosa, quando te financia para determinados cometimentos e te reforma os compromissos, na pauta de tuas necessidades.

Terás interrompido a obra que te vinculava a certo grupo de companheiros, dedicados a minorar o sofrimento alheio, mas, se te decides a retomar a beneficência, podes perfeitamente aderir a outra equipe ou formar diferente grupo de corações para o bendito mister do serviço ao próximo.

Desilusões talvez te aniquilaram o canteiro em que cultivavas os primeiros rebentos da esperança e da fé viva; entretanto, se te dispões à renovação necessária, nada te impede rearticulá-lo com segurança em bases de novo esforço e sementes novas.

É possível que o assédio de adversários gratuitos te haja provocado reações que, de improviso, te colocaram em regime de incompatibilidade com as ideias nobres que professavas; contudo, se procuras a sublimação dos próprios sentimentos, através de mais compreensão e mais tolerância, a breve tempo recuperarás todas as tuas forças, tanto para aceitar-lhes as críticas indébitas, quanto para aproveitá-las, em benefício de tuas realizações.

Mágoas adquiridas esfriaram-te, provavelmente, o entusiasmo na plantação da verdade e do bem ; no entanto, se queres esquecê-las, desculpando com sinceridade inimigos e opositores, depressa descobrirás meios surpreendentes de reaver a confiança no êxito dos encargos que a vida te delegou.

Erros cometidos e ofensas inesperadas, contradições e discórdias, contratempos e desgostos surgem diante de nós, do ponto de vista humano, como sendo convites à inércia, mas, na essência, semelhantes lutas são provas justas e indispensáveis, equivalendo a consultas do Plano Espiritual, acerca da nossa capacidade de superação das próprias fraquezas, examinando-nos o grau de humildade, entendimento, amor e fé.

Não pretendas estar na posse de qualidades perfeitas, o que pressuporia haveres chegado ainda hoje ao nível dos anjos. Todos somos, por enquanto, Espíritos imperfeitos, nos quadros evolutivos do trabalho que nos compete desenvolver e complementar.

Desacertando, reacertemos.

Errando, abracemos a corrigenda.

Estejamos convencidos, ante a misericórdia de Deus, de que todo dia é tempo de progredir, aprender, melhorar e renovar.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Encontro marcado
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05 de agosto

Mantenha seus padrões elevados; quanto mais elevados, melhor.

 Não seja descuidado ou desleixado no que você faz.

 Perfeição deve ser a sua meta.

 Pode parecer impossível de atingir, mas não deixe de tentar alcançá-la, continue se esforçando. 

Não se satisfaça com o medíocre, com o que é feito sem vontade.

 Faça tudo que precisa ser feito em Minha honra e glória, pois quando o seu objetivo é fazer tudo por Mim, ele só poderá ser dos mais elevados e você não se sentirá satisfeito a não ser dando o melhor de si mesmo.

 Aprenda a esquecer-se de seu ego através do serviço ao próximo. 

Você encontrará a verdadeira alegria ao doar, em qualquer nível.

 Lembre-se sempre que existem diferentes níveis em que você pode doar, desde os mais altos até os mais baixos, dos níveis espirituais aos físicos. 

Qualquer que seja o nível, doe e doe despojadamente, e você descobrirá que, na medida que você doa, você recebe.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

O argueiro e a trave no olho

Como é que vedes um argueiro no olho do vosso irmão, quando não vedes uma trave no vosso olho? — Ou, como é que dizeis ao vosso irmão: Deixa-me tirar um argueiro ao teu olho, vós que tendes no vosso uma trave? — Hipócritas, tirai primeiro a trave ao vosso olho e depois, então, vede como podereis tirar o argueiro do olho do vosso irmão. (S. MATEUS, cap. VII, vv. 3 a 5.)

Uma das insensatezes da Humanidade consiste em vermos o mal de outrem, antes de vermos o mal que está em nós. Para julgar-se a si mesmo, fora preciso que o homem pudesse ver seu interior num espelho, pudesse, de certo modo, transportar-se para fora de si próprio, considerar-se como outra pessoa e perguntar: Que pensaria eu, se visse alguém fazer o que faço?

 Incontestavelmente, é o orgulho que induz o homem a dissimular, para si mesmo, os seus defeitos, tanto morais, quanto físicos. Semelhante insensatez é essencialmente contrária à caridade, porquanto a verdadeira caridade é modesta, simples e indulgente.

Caridade orgulhosa é um contra-senso, visto que esses dois sentimentos se neutralizam um ao outro. Com efeito, como poderá um homem, bastante presunçoso para acreditar na importância da sua personalidade e na supremacia das suas qualidades, possuir ao mesmo tempo abnegação bastante para fazer ressaltar em outrem o bem que o eclipsaria, em vez do mal que o exalçaria? Por isso mesmo, porque é o pai de muitos vícios, o orgulho é também a negação de muitas virtudes. Ele se encontra na base e como móvel de quase todas as ações humanas. Essa a razão por que Jesus se empenhou tanto em combatê-lo, como principal obstáculo ao progresso.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. X, itens 9 e 10.)
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O valor de cada um


Narra uma lenda indiana que um homem foi contratado para levar água do córrego à residência do seu amo, todos os dias.

A sua tarefa consistia em encher um grande recipiente com a água cristalina.

Para isso, lhe forneceram dois potes, amarrados com cordas a um pedaço de madeira especial, que ele carregava aos ombros, um de cada lado.

Todas as manhãs, mal rompia o dia, lá estava ele enchendo os potes de barro, caminhando pela estrada e realizando o seu trabalho com muita alegria.

Passados alguns meses, o trabalhador observou que um dos potes rachou. Assim, no trajeto do córrego até a casa do seu senhor, muita água se ia perdendo pelo caminho, de forma que em vez de chegar com dois potes cheios, ele chegava com somente um e meio.

Numa manhã, o servidor foi surpreendido pela fala do pote rachado que lhe perguntou por que ele não o substituía por um novo. Ele estava rachado. Perdia muita água. Não servia mais.

O homem, entusiasmado, lhe respondeu:

De forma nenhuma considero você inutilizado para o trabalho. Você talvez não tenha se dado conta mas vai sempre pendurado do meu lado direito.

O fato de você ir derramando água pelo trajeto, fez-me perceber que a terra daquele lado ficou umedecida, mais verde.

Então, vendo a terra assim tão disposta, arranjei algumas sementes de flores e as semeei. Se você prestar atenção, verificará que do lado direito há um canteiro de flores belas, perfumadas e coloridas.

Graças à sua rachadura, transformei o caminho em um jardim agradável.

Mas o pote voltou à carga.

Contudo, o seu amo está sendo lesionado e não deve estar gostando nada do seu desempenho. Você foi contratado para levar dois potes cheios de água, e chega somente com um e meio.
Novamente, o homem respondeu, feliz:

Ao contrário. Cada dia meu amo mais aprecia o meu trabalho e a minha dedicação. Desde que as flores começaram a surgir, na sua profusão de qualidades e encantos, passei a colher algumas.

Levo-as com cuidado e as deposito no vaso na mesa da sala do meu senhor.

Ele se delicia com o perfume. E já o surpreendi, mais de uma vez, a acariciar as pétalas das flores, encantado.
* * *
À semelhança do pote rachado, alguns de nós nos sentimos inúteis na vida. Parece-nos que não somos importantes a ninguém, que nada de útil ou bom fazemos.

Mas não é verdade. Pensemos em quantas vidas influenciamos com a nossa presença. Pensemos no que, mesmo com nossos poucos recursos, podemos realizar a bem de quem vive à nossa volta.

Quem dispõe de voz, pode usá-la para cantar uma canção e alegrar o dia. Quem dispõe de braços, pode estendê-los na direção do outro e agasalhá-lo nos dias da adversidade, como um colo de mãe protege o filho.

Quem tem pernas saudáveis, pode direcioná-las no caminho da carência e aliviar dores escondidas em casebres, barracos e ruas.

Quem tem um coração que ama, pode modificar o mundo, começando pelo seu local de trabalho, seu lar, sua rua, sua comunidade.

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Redação do Momento Espírita, com base em conto narrado por Divaldo Pereira Franco, no IV Simpósio Paranaense de Espiritismo, em 22.8.1999, em Curitiba, Paraná.
Formatação e pesquisa: MILTER – 04-08-2019
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Concurso amigo


Observa a cooperação em todos os planos da natureza.

A rocha garante o solo, o solo alimenta o campo e o campo equilibra a cidade.

A terra sustenta a fonte, a fonte protege a árvore, a árvore ampara o homem.

Da vastidão cósmica, resplendente e infinita, vela o sol pelo derradeiro verme a ocultar-se na furna, e,
não obstante a grandeza que lhe é própria, preocupa-se o mar em fazer a nuvem que se derramará em bênçãos de chuva na floresta distante.

Não nos criaria o Senhor para a inutilidade e para a solidão, quando a vida nos pede trabalho e
devotamento.

Anota, em torno de ti mesmo, a grande família humana reclamando-te pão e luz, esperança e consolo.

A aflição maior que a tua e os obstáculos maiores do que os teus esperam por tuas mãos.

Se possuíres a riqueza dos braços livres, lembra-te dos que jazem imobilizados no leito do infortúnio; se dispuseres de visão clara e vigilante, não te esqueças daqueles que tateiam na noite dos olhos apagados e, se te sentes dono de um cérebro que pode pensar e dirigir-se, recorda os companheiros que sofrem o insulto das sombras na mente atormentada.

Não esperes que a dor te retalhe o próprio ser, acordando-te o entendimento.

Retira-te da torre do “eu”, em que te colas ao exclusivismo e abre o coração às dores dos semelhantes.

Reflete nas vidas que morrem diariamente para que a tua existência se nutra; pensa no tributo que a tua presença na Terra constitui para a natureza que te acolhe; e não fujas do irmão mais fraco e menos feliz que te partilha o caminho.

Sustenta na própria alma a luz do concurso amigo e a cooperação em auxílio aos outros te fará descobrir os tesouros do amor e a alegria que te mostrarão, ainda entre as sombras do mundo, as elevadas revelações da Imortalidade.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Canais da vida
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2 comentários:

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