segunda-feira, 29 de julho de 2024

Adversidade


 Indagar quanto ao porquê das dificuldades que a vida oferece ao homem será o mesmo que perguntar relativamente aos motivos pelos quais o homem corta a pedra para que a pedra venha a servir.

 Abandone-se a enxada ao repouso permanente e, a breve espaço, se fará imprestável.

 Negue-se a fonte a transitar sobre os percalços do solo e, a tempo curto, se transformará em tristeza do charco.

 A rigor, a adversidade não existiria no mundo se considerássemos as tarefas da existência física por lições.

Fizéssemos isso e todas as provas assumiriam as dimensões que lhes são características, passando à função de testes indispensáveis ao exame dos valores que adquirimos.

Antes de nossa própria reencarnação, muito frequentemente, sabemos que se tomará novo berço para a recapitulação de experiências em que não fomos felizes, seja para ressarcir débitos que largamos à retaguarda, com o objetivo de extinguir enganos perpetrados por nós mesmos a fim de nos entregarmos à execução de compromissos alusivos ao burilamento íntimo ou no sentido de reencontrar antigos desafetos para transfigurá-los em laços de amor.

Reestruturadas, porém, as possibilidades de ação e renovação a nosso benefício, habitualmente, vestimos em pessimismo as melhores oportunidades de melhoria e de progresso, sem extrair delas o proveito preciso.

Reflitamos em semelhante realidade para facearmos as lutas do caminho sem ilusões.

 Aceitemos construtivamente os desafios e problemas que a vida nos proponha, empenhando-nos a solucioná-los com segurança, sem a volúpia de retê-los indefinidamente no coração.

 Certifiquemo-nos, sobretudo, de que ninguém evolui sem mudanças e de que não existem mudanças sem atritos ou deslocamentos, conflitos ou desajuste.

 À vista disso, reconheçamos que as crises da vida aparecem na estrada de todos em auxílio de todos.

E de toda grande dificuldade, cada criatura, conforme as reações que demonstre, se retirará maior para receber encargos sempre maiores  ou novamente ajustada às dimensões de espírito em que ainda se encontra, a fim de entrar outra vez, em ocasião oportuna, no clima da adversidade educativa, para realizar renovados tentames de elevação própria, em cujo trabalho se obriga a revisar-se e recomeçar.

🌱💐🌱
Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Abençoa sempre
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29 de julho

Quando Eu lhe digo que Meu glorioso plano vai se desenrolar passo a passo, pode ser que você o visualize acontecendo vagarosamente.

Meu bem amado, nada mais vai acontecer devagar.

Tudo está se acelerando.

No entanto, será um desenrolar, porque tudo acontecerá na hora certa.

Deixe que os acontecimentos se sucedam sem tentar brecá-los, com medo de sua rapidez.

O meu ritmo é perfeito.

Por que não aceitá-lo?

Não resista e encontre perfeita liberdade e harmonia à medida que o plano for se desenrolando.

É verdadeiramente um plano maravilhoso e você é parte dele.

Você tem seu papel específico nele e é por isso que é importante que você descubra qual é o seu papel e o cumpra já.

Não deixe passar nem mais um dia sem descobrir qual é a sua tarefa.

Recolha-se e, na quietude e no silêncio, ela lhe será revelada.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

A felicidade não é deste mundo

Não sou feliz! A felicidade não foi feita para mim! exclama geralmente o homem em todas as posições sociais. Isso, meus caros filhos, prova, melhor do que todos os raciocínios possíveis, a verdade desta máxima do Eclesiastes: “A felicidade não é deste mundo.” Com efeito, nem a riqueza, nem o poder, nem mesmo a florida juventude são condições essenciais à felicidade. Digo mais: nem mesmo reunidas essas três condições tão desejadas, porquanto incessantemente se ouvem, no seio das classes mais privilegiadas, pessoas de todas as idades se queixarem amargamente da situação em que se encontram.

Diante de tal fato, é incontestável que as classes laboriosas e militantes invejem com tanta ânsia a posição das que parecem favorecidas da fortuna. Neste mundo, por mais que faça, cada um tem a sua parte de labor e de miséria, sua cota de sofrimentos e de decepções, donde facilmente se chega à conclusão de que a Terra é lugar de provas e de expiações.

Assim, pois, os que pregam que ela é a única morada do homem e que somente nela e numa só existência é que lhe cumpre alcançar o mais alto grau das felicidades que a sua natureza comporta, iludem-se e enganam os que os escutam, visto que demonstrado está, por experiência arqui-secular, que só excepcionalmente este globo apresenta as condições necessárias à completa felicidade do indivíduo.

Em tese geral pode afirmar-se que a felicidade é uma utopia a cuja conquista as gerações se lançam sucessivamente, sem jamais lograrem alcançá-la. Se o homem ajuizado é uma raridade neste mundo, o homem absolutamente feliz jamais foi encontrado.

O em que consiste a felicidade na Terra é coisa tão efêmera para aquele que não tem a guiá-lo a ponderação, que, por um ano, um mês, uma semana de satisfação completa, todo o resto da existência é uma série de amarguras e decepções. E notai, meus caros filhos, que falo dos venturosos da Terra, dos que são invejados pela multidão.

Conseguintemente, se à morada terrena são peculiares as provas e a expiação, forçoso é se admita que, algures, moradas há mais favorecidas, onde o Espírito, conquanto aprisionado ainda numa carne material, possui em toda a plenitude os gozos inerentes à vida humana. Tal a razão por que Deus semeou, no vosso turbilhão, esses belos planetas superiores para os quais os vossos esforços e as vossas tendências vos farão gravitar um dia, quando vos achardes suficientemente purificados e aperfeiçoados.

Todavia, não deduzais das minhas palavras que a Terra esteja destinada para sempre a ser uma penitenciária. Não, certamente! Dos progressos já realizados, podeis facilmente deduzir os progressos futuros e, dos melhoramentos sociais conseguidos, novos e mais fecundos melhoramentos. Essa a tarefa imensa cuja execução cabe à nova doutrina que os Espíritos vos revelaram.

Assim, pois, meus queridos filhos, que uma santa emulação vos anime e que cada um de vós se despoje do homem velho. Deveis todos consagrar-vos à propagação desse Espiritismo que já deu começo à vossa própria regeneração.

Corre-vos o dever de fazer que os vossos irmãos participem dos raios da sagrada luz. Mãos, portanto, à obra, meus muito queridos filhos! Que nesta reunião solene todos os vossos corações aspirem a esse grandioso objetivo de preparar para as gerações porvindouras um mundo onde já não seja vã a palavra felicidade.

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- François-Nicolas-Madeleine, cardeal Morlot. (Paris, 1863.) (Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, item 20.)
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Quando puderes


Quando conseguires ver a doença de quem odeia;

a ambição dos que se desmandam pela posse;

a febre dos que enlouquecem de paixão;

a angústia dos desesperados que renegam a própria fé;

e a mágoa de quantos se desequilibram nos hábitos infelizes,

não te sentirás com disposição de condenar a ninguém.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Sinais de rumo
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