terça-feira, 21 de dezembro de 2021

Orientação e vida


 Muitos companheiros solicitam orientação do Céu para a vitória nas lutas da Terra, mas, em verdade, não necessitamos tanto de novos roteiros esclarecedores e sim de ação mais intensiva na construção do bem.

O caminho é o mundo… Mundo-escola e mundo oficina, em que valiosas oportunidades felicitam a alma interessada na própria sublimação.

Não nos detenhamos na expectativa dos que adoram o Senhor, sem qualquer esforço para servi-lo. Ele próprio legou-nos com a Boa Nova, o mapa luminoso para a romagem da Terra.

Libertemos a claridade que jaz enclausurada em nossos corações e avancemos.

 Há espinhos, reclamando o trabalho eficiente de extinção.

Feridas que pedem bálsamo.

Aflições que mendigam paz.

Pedras à espera de braços amigos que as removam.

Há mentes encarceradas na sombra, rogando o concurso iluminativo.

Há crianças abandonadas, implorando socorro para consolidar as bases em que recomeçam a vida.

Quem estiver procurando inspiração dos Anjos, não se esqueça dos lugares de provação, onde os Anjos colaboram com o Céu, diminuindo o sofrimento e a ignorância na Terra.

 Agir no bem é buscar a simpatia dos Espíritos Sábios e Benevolentes, encontrando-a.

 Se Jesus não parou em contemplação inoperante, transitando no serviço ao próximo, da Manjedoura até a Cruz, ninguém aguarde a visitação dos Mensageiros Divinos, paralisando as mãos na esperança sem trabalho e na fé sem obras.

A espiritualização é problema de boa vontade e concurso fraterno, porque somente buscando trazer o Céu ao mundo, pela nossa aplicação justa ao bem, é que descobriremos a estrada verdadeira que nos conduzirá efetivamente ao Céu.
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Emmanuel
Chico Xavier
Obra:Joia
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21 de dezembro

Aprenda a viver além de seus próprios limites, além de sua força e habilidade, para que as pessoas que o rodeiam possam perceber com os próprios olhos que SOU EU trabalhando em você e através de você.

Desta maneira, almas descrentes e sem fé Me conhecerão, não através de palavras, mas através de uma demonstração de vida.

 É vivendo desta maneira que você reconhecerá que EU SOU seu guia e companheiro e que você deverá dedicar sua vida completamente a Mim e ao Meu serviço. 

Você tem que perder o pé e nadar nas águas profundas do desconhecido com absoluta fé e confiança, sabendo que nada de mal irá lhe acontecer porque EU ESTOU com você. 

Você só saberá se tudo isso funciona quando estiver disposto a experimentar. 

Pare de apostar no seguro e deixe que Eu lhe mostre o que pode acontecer quando você Me permite guiá-lo e usá-lo de acordo com a Minha vontade.
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Abrindo Portas Interiores 
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Desprendimento dos bens terrenos (II)

Em vão procurais na Terra iludir-vos, colorindo com o nome de virtude o que as mais das vezes não passa de egoísmo. Em vão chamais economia e previdência ao que apenas é cupidez e avareza, ou generosidade ao que não é senão prodigalidade em proveito vosso. Um pai de família, por exemplo, se abstém de praticar a caridade, economizará, amontoará ouro, para, diz ele, deixar aos filhos a maior soma possível de bens e evitar que caiam na miséria. É muito justo e paternal, convenho, e ninguém pode censurar. Mas será sempre esse o único móvel a que ele obedece? Não será muitas vezes um compromisso com a sua consciência, para justificar, aos seus próprios olhos e aos olhos do mundo, seu apego pessoal aos bens terrenais?

Admitamos, no entanto, seja o amor paternal o único móvel que o guie. Será isso motivo para que esqueça seus irmãos perante Deus? Quando já ele tem o supérfluo, deixará na miséria os filhos, por lhes ficar um pouco menos desse supérfluo? Não será, antes, dar-lhes uma lição de egoísmo e endurecer-lhes os corações? Não será estiolar neles o amor ao próximo? Pais e mães, laborais em grande erro, se credes que desse modo granjeais maior afeição dos vossos filhos. Ensinando-lhes a ser egoístas para com os outros, ensinais-lhes a sê-lo para com vos mesmos.

A um homem que muito haja trabalhado, e que com o suor de seu rosto acumulou bens, é comum ouvirdes dizer que, quando o dinheiro é ganho, melhor se lhe conhece o valor. Nada mais exato. Pois bem! Pratique a caridade, dentro das suas possibilidades, esse homem que declara conhecer todo o valor do dinheiro, e maior será o seu merecimento, do que o daquele que, nascido na abundância, ignora as rudes fadigas do trabalho. Mas, também, se esse homem, que se recorda dos seus penares, dos seus esforços, for egoísta, impiedoso para com os pobres, bem mais culpado se tornará do que o outro, pois, quanto melhor cada um conhece por si mesmo as dores ocultas da miséria, tanto mais propenso deve sentir-se em aliviá-las nos outros.

Infelizmente, sempre há no homem que possui bens de fortuna um sentimento tão forte quanto o apego aos mesmos bens: é o orgulho. Não raro, vê-se o arrivista atordoar, com a narrativa de seus trabalhos e de suas habilidades, o desgraçado que lhe pede assistência, em vez de acudi-lo, e acabar dizendo: “Faça o que eu fiz.” Segundo o seu modo de ver, a bondade de Deus não entra por coisa alguma na obtenção da riqueza que conseguiu acumular; pertence-lhe a ele, exclusivamente, o mérito de a possuir. O orgulho lhe põe sobre os olhos uma venda e lhe tapa os ouvidos. Apesar de toda a sua inteligência e de toda a sua aptidão, não compreende que, com uma só palavra, Deus o pode lançar por terra.

Esbanjar a riqueza não é demonstrar desprendimento dos bens terrenos: é descaso e indiferença. Depositário desses bens, não tem o homem o direito de os dilapidar, como não tem o de os confiscar em seu proveito.

Prodigalidade não é generosidade: é, freqüentemente, uma modalidade do egoísmo. Um, que despenda a mancheias o ouro de que disponha, para satisfazer a uma fantasia, talvez não dê um centavos para prestar um serviço.

– Lacordaire. (Constantina, 1863.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVI, item 14.)

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Velha Sombra


A grande e velha sombra que oculta habitualmente a candeia bruxuleante de nossa fé, muitas vezes, se exprime na espessa neblina da ociosidade mental, que nos entorpece os melhores impulsos para a construção do Bem.
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Preguiça de pensar com a própria cabeça...
Preguiça de sentir com o próprio coração...
Preguiça de auxiliar...
Preguiça de fazer...
Preguiça de aprender...
Preguiça de ensinar...
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Não acredites que bastaria a confissão em Cristo para dar aos outros o necessário testemunho de comunhão com o Evangelho de Amor e Luz.
- o -
Em muitas ocasiões, a própria palavra é um asilo à preguiça despistadora, que se envolve no verbalismo fulgurante, para continuar arrojada à inutilidade e à prostração.
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Que a nossa frase se estenda em abençoada luz, revelando o Eterno Benfeitor que nos rege os destinos, mas que não nos exonere do dever do exemplo vivo, de vez que apenas na linguagem convincente das obrigações corretamente cumpridas é que seremos entendidos pelos companheiros de jornada no grande caminho da evolução.
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Dissipemos o nevoeiro da preguiça que nos esconde o ideal de servir e avancemos, com diligência, no terreno da ação.
- o -
Evitemos seja colocada a lâmpada de nosso conhecimento sob o antigo velador do desculpismo e, exumando os braços e os recursos que estejamos conservando no frio da inércia, façamos da inteligência o arado de nosso amor, unindo cérebro e coração, alma e corpo, vida e entendimento, na construção da verdadeira fraternidade sobre a Terra, na certeza de que somente pelo trabalho incansável no bem é que nos transformaremos em instrumentos vivos nas realizações do Senhor.
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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Moradias de luz
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