terça-feira, 6 de dezembro de 2022

Diante do destino


Todos nós, quando encarnados na Terra, estamos inelutavelmente enlaçados a certas obrigações, entre o passado e o porvir.

 Por isso mesmo, o presente figurar-se-nos-á por estação proveitosa à execução daquele ou desse dever, condizentes com as necessidades que nos caracterizam na marcha evolutiva, quando não se refiram à nossa regeneração pura e simples.

Temos, assim não somente os prisioneiros do cárcere que cumprem no mundo determinadas sentenças exaradas pela justiça terrestre, mas também os prisioneiros das profissões e dos institutos domésticos, das teias da consanguinidade e das representações de caráter público, tanto quanto aqueles que se demoram nas grades do obstáculo e do infortúnio, da enfermidade e da frustração.

Todos, porém, nessas circunstâncias, desfrutamos o direito de decidir.

 Ainda mesmo sob os impedimentos e flagelações do remorso, o delinquente que expia a culpa pode usar a obediência e a humildade para desagravar a própria situação, qual ocorre ao paralítico, parafusado ao catre que o desfigura, que pode manejar a paciência e a conformação, adquirindo, nos outros, a bênção da simpatia.

 Não nos cabe olvidar que, se no campo do mundo todo tempo serve como ensejo de reajuste, todo dia pode ser o marco de início a preciosas realizações no reino da iniciativa.

 Cada hora na vida é recurso potencial para a criação de novos destinos.

Entendendo que apenas o dever cumprido resgata-nos os débitos, não nos esqueçamos de que pelo serviço espontâneo, além do quadro das nossas justas obrigações, todos conseguimos sublimar o próprio livre-arbítrio, atendendo ao melhor nos passos do caminho, e traçando, felizes, a áurea senda do amor, à luz do sacrifício que nos transportará das Trevas do passado para o Sol do futuro.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Linha duzentos
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06 de dezembro

Não permita que vaidade intelectual, ideias preconcebidas e preconceitos bloqueiem seu caminho; nem se feche à verdade que vem através de meios não convencionais ou ortodoxos. 

Você está caminhando em direção ao novo e precisa estar preparado para aceitar novos valores e conceitos. 

Uma criança que passa de ano na escola tem que aprender a se expandir e aceitar todas as novas matérias.

 O mesmo acontece para quem entra na Nova Era. 

Você tem que estar disposto a se diversificar, a tentar novas experiências, a se arriscar no desconhecido. 

Tem, também, que estar disposto inclusive a errar, sabendo que com os erros você vai crescer em sabedoria, conhecimento e compreensão. 

Mas não se preocupe; as mudanças exigidas de você não serão bruscas; elas lhe serão introduzidas passo a passo e você poderá se acostumar com elas gradualmente.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Mundos de expiações e provas

Que vos direi dos mundos de expiações que já não saibais, pois basta observeis o em que habitais? A superioridade da inteligência, em grande número dos seus habitantes, indica que a Terra não é um mundo primitivo, destinado à encarnação dos Espíritos que acabaram de sair das mãos do Criador. As qualidades inatas que eles trazem consigo constituem a prova de que já viveram e realizaram certo progresso. Mas, também, os numerosos vícios a que se mostram propensos constituem o índice de grande imperfeição moral. Por isso os colocou Deus num mundo ingrato, para expiarem aí suas faltas, mediante penoso trabalho e misérias da vida, até que hajam merecido ascender a um planeta mais ditoso.

Entretanto, nem todos os Espíritos que encarnam na Terra vão para aí em expiação. As raças a que chamais selvagens são formadas de Espíritos que apenas saíram da infância e que na Terra se acham, por assim dizer, em curso de educação, para se desenvolverem pelo contacto com Espíritos mais adiantados. Vêm depois as raças semicivilizadas, constituídas desses mesmos os Espíritos em via de progresso. São elas, de certo modo, raças indígenas da Terra, que aí se elevaram pouco a pouco em longos períodos seculares, algumas das quais hão podido chegar ao aperfeiçoamento intelectual dos povos mais esclarecidos.

Os Espíritos em expiação, se nos podemos exprimir dessa forma, são exóticos, na Terra; já tiveram noutros mundos, donde foram excluídos em conseqüência da sua obstinação no mal e por se haverem constituído, em tais mundos, causa de perturbação para os bons. Tiveram de ser degredados, por algum tempo, para o meio de Espíritos mais atrasados, com a missão de fazer que estes últimos avançassem, pois que levam consigo inteligências desenvolvidas e o gérmen dos conhecimentos que adquiriram. Daí vem que os Espíritos em punição se encontram no seio das raças mais inteligentes. Por isso mesmo, para essas raças é que de mais amargor se revestem os infortúnios da vida. É que há nelas mais sensibilidade, sendo, portanto, mais provadas pelas contrariedades e desgostos do que as raças primitivas, cujo senso moral se acha mais embotado.

A Terra, conseguintemente, oferece um dos tipos de mundos expiatórios, cuja variedade é infinita, mas revelando todos, como caráter comum, o servirem de lugar de exílio para Espíritos rebeldes à lei de Deus. Esses Espíritos tem aí de lutar, ao mesmo tempo, com a perversidade dos homens e com a inclemência da Natureza, duplo e árduo trabalho que simultaneamente desenvolve as qualidades do coração e as da inteligência. É assim que Deus, em sua bondade, faz que o próprio castigo redunde em proveito do progresso do Espírito.

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– Santo Agostinho. (Paris, 1862.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. III, itens 13 a 15.)
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Respostas do Alto


Reconhecida a verdade de que Nosso Pai Celestial responde aos bons corações, através dos corações que se fazem melhores, não olvidemos a nossa possibilidade de servir na condição de valiosos instrumentos da Divina Bondade.
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Nós que sempre somos tão apressados e tão pródigos no "pedir", lembremo-nos de que podemos também dar.
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Auxiliemos a Divina Providência no abençoado serviço do intercâmbio.
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Ninguém pode contar com uma fortuna, em valores amoedados, para encontrar a felicidade perfeita, mas toda vez que derramarmos o coração, em favor dos nossos semelhantes, semearemos a verdadeira alegria.
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Todos podemos, em nome do Senhor, responder às rogativas dos que lutam e sofrem mais que nós mesmos.
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Uma visita ao doente é sagrado recurso da fraternidade ao que suplica a assistência do Céu, em desespero.
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A desculpa sincera é uma benção de alívio para quem sofre sob o peso da culpa.
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Um gesto de carinho é uma plantação de simpatia na terra escura da alma que se arrojou aos precipícios da revolta ou da incompreensão.
***
Um sorriso amigo é uma resposta do bom ânimo e da amizade, refundindo as forças daquele que está prestes a cair.
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Recorda que o Senhor espera por tua boa vontade e por teus braços, para responder com a paz e com a esperança aos que te cercam.
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Ainda que tudo seja secura e aspereza em torno de teus pés, ama sempre.
***
Através da corrente viva do amor em teu coração, interpretarás a cooperação do Céu aos que te acompanham e receberás, constantemente, as respostas do Alto às tuas aflições e
aos teus problemas.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Mãos marcadas
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Compreensão e vida


Pesquisemos os próprios sentimentos e verificaremos quão difícil se nos faz a renovação íntima.

Quantas vezes, no mundo, teremos sentido a inconveniência de certos hábitos com manifesta incapacidade para desvencilhar-nos deles?

Em quantas ocasiões, sabíamos previamente quanto nos doeriam as consequências de determinada ação infeliz e a ela nos atiramos para nosso próprio sofrimento?

Referimo-nos ao assunto para destacar o impositivo da tolerância.

Ante os irmãos que te pareçam afastados do caminho que a vida lhes marcou, não lhes condenes a trajetória.

Ao invés disso, auxilia-os, através da providência que lhes consiga aliviar a carga das obrigações assumidas e com a boa palavra que lhes desanuvie o espírito atribulado.

Esse erra sob a pressão das necessidades de ordem material; aquele cedeu à tentações que se lhe figuravam irremovíveis; outro penetrou nos labirintos da culpa, acreditando-se sob graves constrangimentos no campo doméstico; e ainda outro conhecia a extensão do problema em que se emaranhava, entretanto, de momento, não encontrou forças, em si próprio, a fim de livrar-se dele.

Ampara-os, quanto possas.

Não será com aspereza que lhes resseguraremos a tranquilidade, tanto quanto não será espancando uma ferida que lhe conseguiremos a cura.

O remédio destinado à recuperação do corpo é o símbolo do amor com que nos será possível reajustar a harmonia da alma doente.

O medicamento age, dose a dose.

O amor opera, gesto a gesto.

Diante dos companheiros de experiência na Terra, estende-lhes a beneficência da compreensão que lhes reerga o entendimento na estrada que lhes cabe trilhar.

Se não conseguimos, de imediato, fazer de nós aquilo que mais desejamos e se, muitas vezes, no Plano Físico, escapamos das piores situações, a preço de lágrimas, não será justo exigir dos outros uma condição diferente da nossa.

À frente do irmão, considerado em desvalimento, em vista desse ou daquele erro por ele cometido, compadece-te e auxilia-o para que se retome no equilíbrio próprio, por quanto, habitualmente, onde o próximo terá surpreendido a pedra de alguma dificuldade poderá, talvez, transformar-se no grande obstáculo que nos fará cair amanhã.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Atenção
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